Na tarde da última sexta-feira (6), o advogado e presidente do CONCEPE – Conselho na Execução Penal da Comarca de Sete Lagoas, Dr. Cristiano Martins, esteve no Presídio de Sete Lagoas fazendo uma visita de inspeção. Na oportunidade a diretoria e alguns conselheiros do CONCEPE conversaram com o Diretor da unidade Edson Peixoto, com os Agentes Penitenciários e com os detentos.
De acordo com o, Dr. Cristiano Martins o CONCEPE tem atribuição legal de visitar a unidade prisional, os detentos e diligenciar recursos materiais e humanos para a melhor assistência dos presos.
Advogado Dr. Cristiano Martins, presidente do CONCEPE
Sobre as condições do Presídio de Sete Lagoas o Dr. Cristiano afirmou que: ‘’o sistema prisional do Brasil entrou em colapso a muito tempo. Em Sete Lagoas não é diferente. Existe uma superlotação que está nos preocupando muito. É notório o desinteresse da classe política em investir no sistema prisional, por esse motivo o sistema está em colapso. Pensa-se muito mais em prender do que recuperar e até mesmo alocar os presos. O lado bom é que percebo que existem pessoas compromissadas em trabalhar para melhorar as condições’’, disse o Advogado.
O Presidente disse ainda: ‘’percebo que muita gente tem uma percepção errada no que diz respeito aos Direitos Humanos, pontualmente no que se refere a assistência aos presos. A sociedade deveria estar preocupada com a recuperação da população carcerária, uma vez que, no Brasil não existe pena de morte e prisão perpétua, ou seja, o preso condenado um dia vai voltar para rua.
Por não haver essa preocupação da sociedade e do Estado no que diz respeito a recuperação de quem cometeu algum tipo de delito, faz a taxa de reincidência criminal no Brasil ser tão alta. Números do CNJ – Conselho Nacional de Justiça apontam uma taxa superior a 70% de pessoas reincidentes em crimes no país.
"A lógica é o investimento na recuperação desse indivíduo, que aborda fatores multifatoriais, como acompanhamento médico e psicológica, laborterapia, evangelização e outros, para que o indivíduo possa ter condições de voltar para o convívio social, caso contrário ele voltará para a sociedade pior do que quando ele entrou no sistema prisional. É comum ver presídios lotados, com sua massa carcerária ociosos e sem nenhum tipo de assistência, nem mesmo jurídico. O sistema prisional atualmente é uma máquina de criar revoltados’’, finalizou Cristiano Martins.
Pelo CONCEPE
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