O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) deu parecer favorável para arquivar um inquérito em que o ex-empresário Marcos Valério, condenado no esquema do mensalão, era investigado por ter tido supostos privilégios na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Sete Lagoas. Agora, cabe a Justiça determinar o arquivamento ou não da investigação.
A conclusão do MPMG foi remetida, nesta segunda-feira (24), pela defesa de Valério ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, responsável pelo processo do mensalão do PT. O parecer da instituição é um dos pré-requisitos exigidos pelo ministro para analisar o pedido de progressão de pena de Valério do regime fechado para o semiaberto.
O parecer assinado pelo promotor de Justiça Carlos Eduardo Dutra Pires diz que há "ausência de justa causa para a deflagração da ação penal pública", ou seja, para o MPMG não há motivos para levar a investigação sobre privilégios na Apac adiante. O parecer inocenta também o então presidente da Apac, Flávio Lúcio Batista da Rocha.
Procurado pela reportagem, o advogado de Valério, Dalvo Martins Bemfeito, declarou que o parecer do MPMG já era esperado, pois seu cliente não teve regalias na prisão.
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