Cinco meses após o rompimento da barragem Mina Córrego Feijão da mineradora Vale S.A., em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, o Corpo de Bombeiros encontrou mais uma vítima, nessa quarta-feira (3). De acordo com a corporação, o corpo do sexo masculino estava praticamente intacto e foi localizado próximo da área do Remanso 1.
A identificação foi facilitada, pois em um dos bolsos da calça estava um documento de identidade. Após conferência na listagem, o nome que constava no documento conferia com um dos presentes na lista de desaparecidos. O nome do homem não foi revelado.
A última vez que foi confirmado o óbito de uma das vítimas da tragédia foi em 5 de junho. Agora, o número de mortes subiu para 247 e o de desaparecidos diminuiu para 23. O Corpo de Bombeiros continua realizando os trabalhos de buscas nos rejeitos diariamente, desde 25 de janeiro, data da tragédia socioambiental da mineradora Vale.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e a identificação será realizada pela PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais).
Os procedimentos para as identificações dos corpos começaram logo após o rompimento da estrutura, em janeiro. Na oportunidade, a PCMG solicitou todas as fichas datiloscópicas das possíveis vítimas junto ao Instituto de Identificação e as inseriram no sistema informatizado que foi cedido pela PF (Polícia Federal).
Dos 270 desaparecidos constantes da lista da Defesa Civil, 246 foram identificados por papiloscopia – impressões digitais -, e também por antropologia forense, odontologia legal e DNA.
O IML e o Laboratório de DNA, no Instituto de Criminalística, funcionam diariamente, inclusive sábados, domingos e feriados, e contam com reforço de pessoal.
Em 7 de junho, foi instalado no Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística, um robô para manipulação de amostra de material biológico, estando a equipe em treinamento.
Apesar do desejo da PCMG em identificar os corpos e segmentos o mais rápido possível, a corporação informa que o procedimento é complexo, principalmente devido à deterioração do material biológico.
Com informações da PCMG
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