Quatro seguranças acusados de matar o fisiculturista sete-lagoano Allan Guimarães Pontelo, em setembro de 2017, em uma boate no bairro Olhos D’água, região sul de Belo Horizonte, irão a júri popular. Um quinto denunciado foi impronunciado.
A decisão é do juiz Marcelo Rodrigues Fioravante, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, e será publicada nesta quinta-feira 25 de julho, no Diário do Judiciário eletrônico (DJe).
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), na madrugada de 2 de setembro, na casa noturna Hangar 677, os seguranças abordaram Allan e o conduziram a uma área restrita para uma “revista”.
Ao se recusar a passar pelo procedimento, Allan foi espancado violentamente, com socos e chutes, imobilizado e estrangulado até a morte. O laudo de necropsia apontou como causa da morte “asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço”, além de diversas lesões no corpo.
Ainda de acordo com o MP, os acusados concorreram para o crime “colocando-se armados, como força reserva, prontos para interferir para garantir o êxito da ação da criminosa”.
Consta na denúncia que três dos cinco denunciados tinham como praxe a realização de abordagens truculentas aos clientes do estabelecimento e, quando encontravam drogas, davam a elas o destino que entendiam conveniente, em flagrante desacordo com a legislação.
O processo foi instruído em três audiências, com a oitiva de 11 testemunhas e o depoimento dos quatro acusados, uma vez que um deles ainda está foragido. Dois estão presos e outros dois responderam ao processo usando tornozeleira eletrônica.
O juiz Marcelo Fioravante destacou o fato de ambos estarem armados e terem agido de forma intimidatória, impedindo que amigos e terceiros socorressem a vítima.
Mín. 14° Máx. 27°