
Terminou no início da madrugada desta quinta-feira (12) o julgamento de Angelina Ferreira Rodrigues em João Pinheiro, no Noroeste do Estado. Ela era acusada de homicídio quadruplamente qualificado após a morte de uma mulher grávida e, depois, ter roubado a recém-nascida de oito meses da barriga da vítima. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a mulher foi condenada a 30 anos, 2 meses e 10 dias de prisão.
O julgamento durou pouco mais de 16 horas. Foram ouvidas 11 testemunhas, além dos debates entre defesa e acusação.O 1º Tribunal do Júri entendeu que a o homicídio resultou de outras condutas criminosas da mulher, o que caracteriza um concurso material para o crime, que aumenta as penas.
Além do homicídio, a mulher era julgada também por dar parto alheio como próprio, além de subtração de criança.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 15 de outubro de 2018, por volta de 13h30, em um matagal localizado nas imediações da rodovia BR-040, próximo ao posto desativado da Polícia Rodoviária Federal, em João Pinheiro, Angelina, agindo por motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida e, ainda, para assegurar a execução de outro crime, matou a vítima Mara Cristina Ribeiro da Silva. No mesmo dia, por volta de 15h30, no Hospital Municipal, a acusada disse que deu à luz a uma recém-nascida da vítima como se fosse filha dela.
Para cometer o crime, a acusada teria amarrado a vítima em uma árvore pelo pescoço com um arame e cortado a barriga dela com uma faca caseira. Todo o crime foi presenciado pela filha de 1 ano da vítima.
No hospital, após informar que concebeu a criança horas antes, a acusada se negou a ser submetida a exames obstétricos, o que levantou a suspeita do médico, que acionou a polícia.
Após ser convencida por um militar a fazer os procedimentos, a acusada confessou dentro do consultório que a criança recém-nascida não era dela, e sim da amiga dela. Angelina, entretanto, disse que a vítima tinha conversado com uma amiga pelo telefone e marcado um encontro no bairro Água Limpa.
Ela alegou que havia uma mulher "baixa, morena, acima do peso, com apliques no cabelo, aparentando 40 anos" que acompanhou a vítima e após 25 minutos voltou uma mulher desconhecida com uma recém-nascida nos braços e entregou à suspeita, e pediu para que ela levasse o bebê para o hospital pois ela não estava bem.
Segundo testemunhas, a acusada chegou em casa com a roupa suja de sangue e trocou a vestimenta antes de ir para o hospital. Uma vizinha chegou a afirmar que a filha de 1 ano da vítima estava "meio abobada e sem estar suja de sangue".
A defesa da mulher tentou argumentar que há um laudo de insanidade mental, mas a Justiça apontou que o documento foi conclusivo no sentido de que, embora possua enfermidades psicológicas, estas não retiram a capacidade de Angelina entender o caráter de suas condutas.
De acordo com o Ministério Público, ao saber da gravidez de Mara, Angelina também fingiu estar grávida, postando, inclusive, fotos que simulavam a gestação. Na investigação foi apurado que havia um pacto entre a acusada e a vítima sobre a gravidez, possivelmente de Mara entregar a filha à acusada, mas em algum momento houve a desistência da vítima.
Em alguns lixos foram encontrados documentos rasgados com a assinatura da vítima no que seria o possível trato.
De acordo com a Polícia Civil, o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a morte da mulher foi por anemia hemorrágica interna e externa, o que indica que Mara estava viva quando o bebê foi arrancado de sua barriga. Em depoimento à Polícia Civil, a suspeita já tinha dado essa informação.

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