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Falta de responsabilidade favorece livre comércio do cerol

Itens não ficam expostos nas lojas, mas alguns comerciantes garantem ter a mercadoria

26/06/2018 às 09h51
Por: Redação
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Imagem ilustrativa do Google
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Ventos mais intensos e férias escolares. A combinação favorece uma brincadeira corriqueira nesta época do ano, mas capaz de causar prejuízos incalculáveis, deixar sequelas e, não raro, matar. A utilização do cerol ou da linha chilena em pipas, que só em 2018 já tirou a vida de três pessoas na Grande BH, é favorecida pela fiscalização falha. 

Em shoppings populares, o produto potencialmente cortante, que tem o uso proibido há 16 anos no Estado, é adquirido com facilidade. Ontem, a reportagem do Hoje em Dia foi até o Centro de BH e constatou que os produtos são negociadas mesmo com a presença da polícia nos corredores dos estabelecimentos.

Itens não ficam expostos nas lojas, mas alguns comerciantes garantem ter a mercadoria. “Esta semana você não vai achar, a polícia está em cima. Mas você consegue por R$ 20, R$ 30, no máximo R$ 40”, disse um dos lojistas ao se referir a um tubo com 500 metros de fio. A restrição nos próximos dias, segundo ele, se deve à morte de um homem que teve o pescoço cortado por uma linha chilena em Contagem, no domingo. 

Conforme o vendedor, o material é adquirido pela internet, em redes sociais ou sites de compras, o que também foi confirmado pela equipe de reportagem.

Fiscalização

Os órgãos de segurança admitem ser difícil fiscalizar o comércio, uma vez que não há um ponto específico de uso e fabricação. Como na maioria das ocorrências a linha é encontrada no fluxo do vento e a identificação do infrator fica comprometida. Autoridades defendem a prevenção.

“Combatemos a venda, mas muitas pessoas insistem no uso. Não haveria o crime se não houvesse comprador”, afirma o chefe da Sala de Imprensa da PM, major Flávio Santiago. A orientação é que a população denuncie pelo 190.

“Essa é uma prática que, muitas vezes, é passada de pai para filho. Por isso, fazemos palestras nas escolas com os alunos e, muitas vezes, conversamos também com os responsáveis”, afirma o inspetor Hudson Candeias, responsável pela Patrulha Escolar da Guarda Municipal de BH. A corporação está programando para o próximo dia 28 o retorno da campanha “Cerol Mata”, que inclui ações em instituições de ensino.

Já a Polícia Civil afirmou que o uso é passível de prisão e que o responsável pode pagar multa de até R$ 1.500. Até o fechamento desta edição, números de apreensões do material não foram informados. 

Cuidados

O Corpo de Bombeiros orienta soltar pipas em locais abertos, longe da rede elétrica e sem linhas cortantes. “Só o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII atende, em média, 30 casos por ano. Pode parecer pouco, mas essas são apenas as ocorrências mais graves, com risco de morte”, diz o tenente Pedro Aihara. 

Em 2018, o HPS já socorreu 16 pessoas. O diretor técnico da Gerência Assistencial da unidade de saúde, Marcelo Lopes Ribeiro, adverte que o cerol corta até equipamentos de segurança usados pelos motociclistas. “A velocidade das motos e a linha esticada propiciam cortes em luvas e até nas anteninhas que protegem os condutores. É um risco enorme, pois pode cortar veias importantes e até amputar membros”.

Por Bruno Inácio e Mariana Durães - hojeemdia

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