Dois júris movimentaram nesta segunda-feira (23), os tribunais do júri de Belo Horizonte, que terminaram no início da noite de ontem com duas condenações. No I tribunal, foi julgada Jéssica Nunes Mateus, de 26 anos, acusada de matar a filha de apenas nove meses, em 2016, no bairro Ribeiro de Abreu depois de se irritar com o choro da criança.
Os sete jurados do Conselho de Sentença consideraram, por unanimidade, a ré culpada por homicídio triplamente qualificado. O julgamento foi presidido pelo juiz Thiago Colnago Cabral, que fixou a pena em 24 anos de prisão. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
O Ministério Público pediu a condenação alegando que Jéssica matou a filha depois de brigar com o namorado. Já a defesa, representada pelo defensor público Marco Túlio Frutuoso Xavier, sustentou que ela é portadora de depressão e esquizofrenia e agiu sob a intervenção de “vozes”.
Homicídio simples
Também nesta tarde, no II Tribunal do Júri, foi condenado o travesti Carlos Henrique Cordeiro de Oliveira, de 27 anos, a Dani ou Bibi, a quatro anos de detenção, em regime aberto, por homicídio simples.
O juiz Alexandre Cardoso Bandeira, que presidiu a sessão, concedeu a Carlos o direito de recorrer da sentença em liberdade. Ele é acusado de matar o também travesti Tiago Luiz Alves Pimenta, a Vanessa ou Ágata, que se recusava a pagar pedágio em ponto de prostituição no bairro Santa Branca.
Na sessão de hoje, deveria ser julgado também o co-réu, Jorge da Conceição Lima, que era namorado da travesti Carlos, mas que não compareceu ao julgamento. Ele será julgado em outros oportunidade com outro acusado do crime.
Por Maria Clara Prates - Bhaz
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