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Família enterra parente e descobre que ele está vivo no dia seguinte

Lavrador procurou a PM no domingo para desfazer o engano

15/08/2018 às 08h40
Por: Redação
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Foto: Reprodução/G1
Foto: Reprodução/G1

Quando todo mundo achava que o lavrador Sílvio Vítor da Mota, de 47 anos, estava morto e enterrado, eis que ele surge “vivinho da silva”, no último sábado, um dia depois do sepultamento do corpo que seria dele, em Itabirinha, no Vale do Rio do Doce.

A irmã do lavrador havia se enganado ao reconhecer o corpo de um homem não identificado no Instituto Médico-Legal (IML) de Colatina, no Espírito Santo.

A aparição do “morto-vivo” assustou moradores da rua Rita Maria de Caxias, no bairro Vila Nova, onde a família do lavrador mora. Mas, depois, o retorno dele “ao mundo dos vivos” foi motivo de comemoração, até com queima de fogos de artifício.

No domingo, Sílvio procurou o quartel da Polícia Militar (PM) para desfazer o engano. O lavrador relatou à PM que havia dois meses que trabalhava na colheita de café em Ipanema, na Zona da Mata, onde estava incomunicável.

Ele contou que encontrou um morador de sua cidade e que o homem lhe havia informado que os parentes dele haviam sepultado um corpo, ser o dele.

Sílvio disse que retornou para Itabirinha e só então, ele ficou sabendo que a irmã havia se enganado ao reconhecer o corpo de um desconhecido que havia sido atropelado por um caminhão, enquanto dormia debaixo do veiculo, em Colatina. Essa vítima desconhecida havia sido levada para Itabirinha, pela irmã de Sílvio, onde foi sepultada, com direito a velório e missa de corpo presente na capela do cemitério local.

O coveiro contou que o caixão estava lacrado e que o atestado de óbito estava em nome de Sílvio.

A irmã do lavrador também procurou a PM para desfazer o engano que cometeu. Ela contou que Sílvio estava desaparecido havia dois meses e chegou a registrar um boletim de ocorrência informando que não tinha notícias dele desde o dia 6 deste mês.

Segundo o que a mulher relatou aos policiais, o irmão tinha ido trabalhar em uma lavoura de café no Espírito Santo, mas ninguém sabia o paradeiro exato dele.

Depois, ela disse que uma senhora a procurou dizendo que o irmão dela havia sido morto na cidade de Caparaó (ES) e que o corpo havia sido levado para o IML de Colatina.

DESAPARECIMENTO

O tenente da Polícia Militar (PM) de Itabirinha Otávio Júnior contou que a corporação foi procurada pela irmã de Sílvio, que se identificou como Cleidiane, para registrar o desaparecimento do lavrador.

“Pegamos todas as informações, características dele, a última vez que ele foi visto. A ocorrência foi lavrada. e ela foi orientada a informar a gente quando ele aparecesse para que não continuasse constando o desaparecido no nosso banco de dados”, informou o tenente.

Dez dias depois, segundo o policial, a mulher retornou ao pelotão, informando que soube que o irmão havia sido visto morto em Colatina, no Espírito Santo. Ela se deslocou para lá e foi orientada a comunicar à PM que realmente ele estava morto.

INVESTIGAÇÃO

O delegado titular de Mantena, Claudionor Batista dos Santos, que atende a cidade de Itabirinha, disse que ainda não foi procurado pelo homem que foi dado como morto e que não há identificação do corpo que foi enterrado por engano.

Segundo Santos, ele apenas foi informado, extraoficialmente, que o corpo é de uma vítima que havia dado entrada no IML de Colatina, no Espírito Santo.Para o delegado, a informação é que o desconhecido foi vítima de homicídio.

“Fica difícil a gente adiantar o que aconteceu com esse rapaz que foi enterrado no lugar do que estaria desaparecido”, alegou.

Ainda de acordo com Santos, Itabirinha tem uma delegacia, mas não tem delegado. Apenas dois investigadores trabalham na unidade e, por isso, as investigações ficarão por conta dele e de outro delegado de Mantena.

“Ninguém ainda nos procurou e ninguém foi ouvido a respeito do fato. A gente vai tentar interrogar esse homem dado como morto. Parece que teve uma irmã dele que reconheceu o corpo como sendo o dele. Vou tentar contato com a família para saber as circunstâncias, como tudo aconteceu, saber se tem ocorrência desse corpo que estava lá em Colatina”, informou o policial.

O delegado da Homicídios de Colatina, Deverly Pereira Júnior, foi procurado pela reportagem e não sabia do ocorrido. “Eu ainda tinha conhecimento do fato, mas vamos apurar”, afirmou.

Por Pedro Ferreira - OTempo

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