Os serviços de tratamento das águas da Lagoa da Pampulha devem ser retomados nos próximos dias. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirmou, durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, nessa segunda-feira (24), que o Consórcio Pampulha Viva será contratado para dar continuidade aos trabalhos.
Serão investidos, durante 12 meses, R$ 16 milhões para melhorar a qualidade das águas da lagoa. A contratação da empresa ocorrerá assim que os trâmites burocráticos estiverem finalizados.
Com o objetivo de degradar o excesso de matéria orgânica, reduzir a presença de coliformes fecais, promover a redução do fósforo e controlar a floração de algas serão aplicadas remediadores na lagoa. Entre 2016 a 2018, o mesmo tratamento foi utilizado na lagoa e o investimento foi de R$ 36 milhões.
De acordo com a PBH, durante este último tratamento, a qualidade da água chegou ao nível desejado, sendo categorizada como classe 3. Esta categoria faz com que a água fique apta à recreação de contato secundário, como a prática de esportes náuticos; pesca amadora; consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; e à irrigação de plantas e consumo animal.
Devido a suspensão do tratamento a qualidade da água piorou novamente, ainda que não tenha voltado ao mesmo nível em que se encontrava antes dos uso dos remediadores. A expectativa da PBH é que em até seis meses após o reinício do tratamento a água volte a poder ser categorizada na classe 3. A suspensão dos trabalhos ocorreu por conta do encerramento do contrato anterior.
Para a PBH, os principais problemas da Lagoa da Pampulha são:
Além dos trabalhos que serão realizados pelo Pampulha Viva outras ações vêm sendo tomadas para possibilitar a reabilitação da lagoa. A Copasa, por exemplo, informa que 95% do esgoto já não é lançado nos córregos afluentes.
Já a Prefeitura explicou que são removidos por dia de 10 a 20 toneladas de resíduos flutuantes da lagoa por meio de um contrato iniciado em 2016 e que vai até 2019. Ainda foi informada que, de setembro deste ano até 2023, serão retirados aproximadamente 460 mil m³ cúbicos de sedimentos da lagoa a um investimento previsto em R$34 milhões.
Da CMBH / Bhaz
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