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Monumentos históricos são abrigo para lixo e pertences de moradores de rua

Restos de cinzas também são encontrados com frequência pelo chão

28/09/2018 às 10h39
Por: Redação
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Foto: Riva Moreira
Foto: Riva Moreira

Flagrantes de depredação de espaços públicos em Belo Horizonte estão por todo lado e nem mesmo estruturas tombadas como patrimônio histórico têm sido poupadas. Na Praça da Estação, Centro da capital, os pilares que sustentam a iluminação se tornaram uma espécie de depósito de entulho e objetos pessoais de moradores de rua. 

De perto, é possível observar que as peças de mármore da base da estrutura foram literalmente arrancadas. Na parte de dentro, há pedaços de cobertores, bitucas de cigarros, garrafas e lixo orgânico, além de sacolas fechadas com camisas, calças e bonés. 

Um homem, que afirma viver no local e não quis se identificar, declarou à equipe de reportagem do Hoje em Dia que muitos conhecidos guardam pertences dentro dos pilares para evitar que os bens sejam furtados. Ele relatou, ainda, que a Polícia Militar já esteve por lá diversas vezes para conferir se havia drogas dentre os objetos.

“Tem mais de um ano que esses buracos foram abertos. Às vezes, limpam aí, vêm em um camburão e abrem as sacolas procurando droga, mas a reforma mesmo nunca vi ninguém fazer”, diz. 

A praça é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O órgão afirmou, por nota, que será realizada “uma vistoria para avaliar os danos e definir as providências necessárias para a recuperação e preservação”. 

Rotina

O problema não é um caso isolado. Dados da Guarda Municipal apontam que, até o fim de agosto, 282 ocorrências de dano ao patrimônio público já tinham sido registradas em BH, crescimento de 75% em relação ao mesmo período de 2017. Se considerados pichação e furtos qualificados, que incluem os arrombamentos, o aumento é de 60% no mesmo intervalo.

No Complexo da Lagoinha, debaixo dos viadutos, as manchas pretas em quase todas as estruturas são resultado das várias fogueiras utilizadas por sem-teto para se proteger do frio ou cozinhar.

Na região, restos de cinzas também são encontrados com frequência pelo chão. Nas proximidades do galpão da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare), na avenida do Contorno, há resquícios de fogueiras até mesmo nas calçadas. 

Na Via Expressa, próximo ao bairro Coração Eucarístico, na região Noroeste da cidade, uma das passarelas teve a rampa de concreto completamente queimada. A estrutura é atualmente abrigo de uma mulher, que não soube informar quando o incêndio aconteceu. “Quando cheguei aqui, já estava tudo carbonizado”, disse.

Fiscalização

Por nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que as medidas para a gestão do espaço urbano com pessoas em situação de rua foram iniciadas em setembro d2017. Desde então, de acordo com a PBH, mais de 1.100 ações foram realizadas, com a coleta de pelo menos 160 toneladas de “materiais inservíveis”.

A PBH ainda destacou que o Serviço Especializado em Abordagem Social procura criar vínculos de confiança com os moradores de rua e, de janeiro a agosto, já efetuou mais de 16 mil abordagens na capital. A Polícia Militar foi procurada, mas não se posicionou até o fechamento da edição.

Por Raul Mariano - hojeemdia

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