A falta de fiscalização pela Prefeitura Municipal de Sete Lagoas, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, pode ser um dos fatores que dá margem à ocorrência de disputas entre vendedores ambulantes por pontos de vendas no Centro de Sete Lagoas.
Na última sexta-feira (19), conforme já publicado pelo site Megacidade.com, um homem de 22 anos (Y.M.V.) sofreu uma tentativa de homicídio a facadas, na Avenida Doutor Renato Azeredo, Centro de Sete Lagoas, justamente em disputa por ponto de venda de acessórios de veículos em semáforos.
De acordo com informações, o suspeito pelo atentado, G.A. de 30 anos, oriundo do estado de São Paulo, estaria em Sete Lagoas para a comercialização de acessórios de veículos. Em conversa com comerciantes da região central da cidade, eles manifestam a insatisfação com a fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Um deles ainda mencionou que na gestão anterior não havia problema com ambulantes, o que na atual gestão virou uma bagunça, vindo gente de todo canto (BH, SP, RJ e assim por diante).
“Atualmente a situação ficou incontrolável e os ambulantes tomaram conta da cidade, onde até produtos falsificados são vendidos e cidadãos acabam sendo coagidos a comprar. Isso atrapalha o comércio que paga impostos, ao passo que nas ruas a fiscalização não é feita de forma devida. Sete Lagoas deveria seguir o exemplo do prefeito Alexandre Kalil de Belo Horizonte!”, afirma o comerciante.
Assim sendo, os comerciantes pedem que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, tome as atitudes necessárias. O site Megacidade.com questionou a Prefeitura a respeito das denúncias dos comerciantes e solicitou um posicionamento quanto a fiscalização da venda ambulante. Contudo, até o final desta edição, não houve nenhuma resposta.
CDL
O empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sete Lagoas, Geraldir Alves, lamenta que o comércio ambulante esteja migrando para a cidade.
Ele conta que o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, juntamente ao secretário Bruno Violante, tem pedido ao prefeito Leone Maciel, poder de fiscalização. “Fizemos várias observações, inclusive em relação ao pessoal que fica na beira da lagoa. O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Prefeitura que tomasse conta deles, mas infelizmente eles voltam igual aos ambulantes.”, adverte.
Segundo Geraldir Alves, outro problema é quanto aos vendedores de crédito, que abordam as pessoas na rua e em porta de lojas, causando incômodo aos clientes. “Trata-se de pessoas sem escrúpulos e de má fé. A CDL já oficiou a Prefeitura e a polícia, sendo que já aconteceu a fiscalização, mas eles acabam voltando. É um problema crônico que é preciso tomar cuidado para não piorar. Assim como a Prefeitura ajudou a resolver a situação das feiras, a questão dos vendedores ambulantes também precisa ser resolvida!”, exclama.
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