Na Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Sete Lagoas, nesta terça-feira (23), foi apresentado em caráter de urgência, um Projeto de Lei de autoria do Executivo que visa alterar a Lei Nº 8.317, de 27 de dezembro de 2013, que “Autoriza o Procurador Geral do Município, diretamente ou mediante delegação, a realizar ou autorizar a realização de acordos ou transações para prevenir ou terminar litígios, inclusive os judiciais”.
Nesse sentido, o referido Projeto propõe no Parágrafo 2º do Art. 1°, que o Município poderá oferecer bens imóveis em pagamento de acordo ou transação, o que deverá ser informado à Câmara Municipal somente após o procedimento, em até 30 dias da realização do acordo.
Isso significa que o procurador Geral da Prefeitura poderá negociar e pagar dívidas com imóveis do Município, sem aprovação da Câmara. Atualmente a negociação é feita, tendo que passar por avaliação da Casa Legislativa.
Justificativa do Executivo
Na Mensagem Nº 119, o Executivo justifica que a proposição garantirá ao Município de Sete Lagoas, a realização de acordos e transações de maneira ágil e eficaz.
Também afirma que o erário público será beneficiado, considerando a situação dos cofres públicos e enorme quantidade de imóveis dos quais o Município é possuidor, sem atendimento à função social dos mesmos.
Discussão na Câmara
O projeto deverá ser colocado em Plenário na próxima terça-feira (30) e caso seja aprovado, a Câmara Municipal perde a autonomia de avaliação de tais negociações.
A Redação do Megacidade.com conversou com alguns vereadores que já se posicionaram contra o referido Projeto e afirmaram que manifestarão durante a votação.
Projeto semelhante a esse já havia sido protocolado há alguns meses na própria Câmara, onde foi colocada uma Emenda pela Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) que não concedia plenos poderes nesse sentido, ao Procurador Geral do Município. Tal Emenda deixava claro que toda a negociação deveria passar pelo Legislativo, antes de sua concretização.
Agora o Executivo volta com um Projeto semelhante ao que foi questionado anteriormente pela CLJ e Procuradoria da Câmara.
Da Redação
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