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Cidades Massacre de Suzano

Coordenadora pedagógica é mineira de Ubá e defendia 'porte de livros'

Marilena Ferreira Umezu, de 59 anos, estava de viagem marcada para a cidade natal, onde participaria de uma festa em homenagem ao primo

14/03/2019 às 16h14
Por: Redação
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Marilene Umezu foi uma das primeiras a ser morta
Marilene Umezu foi uma das primeiras a ser morta

A professora Marilena Ferreira Umezu, 59, estava alegre como sempre na manhã dessa quarta. “Bommmm diaaaaaa grande família!!!!!”, postou, às 6h55, no WhatsApp, sem imaginar que esse seria seu último post no grupo. Lena, como era conhecida, teve seu costumeiro alto-astral interrompido brutalmente pelos assassinos da Escola Estadual Raul Brasil, justamente quando os dois ex-alunos apareceram de repente. Coordenadora pedagógica da escola, Marilena era mineira de Ubá, na Zona da Mata.

Ela estava de viagem marcada à cidade natal no próximo dia 23, para uma festa em homenagem ao primo “emprestado” Alex Sandro Gonçalves, 42. O homem teve a perna amputada após um acidente de carro, há um mês, e teria alta do hospital Santa Isabel nesta quinta. “Faríamos a festa na sexta-feira, mas ela nos disse que conseguiu folga para o dia 23, então adiamos, porque fazíamos questão da presença dela”, disse a prima “de fato” de Marilena, Michelle Ferreira Pires, 35, mulher de Alex Sandro.

“É muito complicado ver pela televisão os corpos sendo carregados e saber que ela está entre eles. A Lena era como uma irmã. Passou o Natal aqui em casa numa festa com 120 pessoas. Este ano ia ser na casa dela. E agora?”, disse Michele.

O irmão de Marilena, Mário Ferreira, 40, conversou rapidamente por WhatsApp com a reportagem. Ele disse que a família estava em estado de choque e que viajaria ainda nessa quarta para Suzano, para definir onde será o enterro.

Marilena deixou Ubá quando tinha 15 anos para morar com o pai em Suzano. Mãe de Marcel, 28, Eidi, 32, e Maicon, 37, que mora na China, ela tinha perfil ativista nas redes sociais, onde defendeu recentemente o “porte de livros” em vez do “porte de armas” facilitado pelo governo federal. Ela também era crítica à reforma da Previdência. O lado político, porém, ganhava tom pacificador nos grupos da família. “Sempre que o clima ficava acirrado, ela pedia que a gente não discutisse esses assuntos no WhatsApp. Era a paz em pessoa”, contou Michele.

Outra funcionária foi assassinada: a inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier. Os alunos mortos foram identificados como Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e Douglas Murilo Celestino. À noite, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo declarou como morto outro aluno que estava desaparecido: Kaio Lucas Limeira, 15. Jorge Antonio Moraes, proprietário de uma loja de carros, foi baleado antes do ataque à escola.

Por OTempo

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