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Enfermeiro pega 25 anos de prisão por abusar de crianças em Lagoa da Prata

Ele filmou ato libidinoso com uma criança de apenas 11 anos, manteve relações com um adolescente de 17 e pretendia adotar um menino de até 4 anos

13/04/2019 às 09h09 Atualizada em 13/04/2019 às 09h12
Por: Redação
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A sentença é da Justiça Federal da cidade de Divinópolis
A sentença é da Justiça Federal da cidade de Divinópolis

Um enfermeiro de Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas, foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, por abusar de criança durante atendimento, e também por armazenar e distribuir material de pornografia infantil na internet. A sentença é da Justiça Federal da cidade de Divinópolis.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a pena foi aplicada pela prática dos crimes de estupro de vulnerável, com agravante de abuso de poder em razão do cargo que exercia, filmagem de cena sexo com adolescente e posse e compartilhamento na internet de arquivos de pornografia infantojuvenil.

Residente em Lagoa da Prata, o enfermeiro foi descoberto após investigação feita pela Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte que, em 2017, detectou a troca de arquivos de pornografia infantil por meio do programa de compartilhamento eMule, em Lagoa da Prata.

O fato foi comunicado à PF em Divinópolis que, com autorização judicial, realizou busca e apreensão na casa do acusado, onde foram apreendidos equipamentos de informática. Após analisar os arquivos neles contidos, a PF constatou que o homem havia cometido uma série de crimes graves.

Filmagem

A PF descobriu milhares de imagens no notebook do acusado. Um vídeo, gravado com celular pelo próprio enfermeiro, mostra o ato libidinoso contra uma criança de apenas 11 anos, com deficiência mental, que não tinha nenhuma capacidade de discernimento do abuso que estava sofrendo, segundo a polícia.

O crime aconteceu quando o enfermeiro atendia no posto de saúde da cidade e aproveitou-se que a criança estava desacompanhada no momento de receber a medicação. “O acusado não negou, em juízo, ter filmado o ato”, informou o MPF.

As investigações comprovaram que o enfermeiro não só apreciava ver fotos e vídeos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes. Ele manteve relação sexual com um jovem de 17 anos e filmou o ato, sem o conhecimento do menor. “Em juízo, ele alegou que o garoto já teria 18 anos quando praticaram o ato, mas não trouxe ao feito qualquer comprovante de tal alegação”, diz a sentença da Justiça Federal.

Adoção

Para a surpresa da PF, o enfermeiro ainda pretendia adotar uma criança, do sexo masculino, com idade inferior a 4 anos. A perícia encontrou no computador dele um requerimento de habilitação para adoção, no cadastro de pretendentes. O pedido estava destinado ao juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Lagoa da Prata.

A perícia descobriu o registro de uma conversa feita por um aplicativo de mensagens online no computador do enfermeiro com outro homem, na qual ele e seu interlocutor mencionavam a prática de atos sexuais com crianças menores de quatro anos. “Na conversa, o acusado revelou expressamente seu interesse sexual por crianças e sua pretensão de adotar uma criança da idade revelada no requerimento para adoção”, informou o MPF.

No computador foram encontrados 13.443 arquivos de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, que estavam disponíveis para compartilhamento pelo programa eMule.

O enfermeiro se defendeu dizendo que não compartilhava os arquivos de pornografia infantojuvenil e que o material encontrado teria sido baixado por engano com outros filmes de seu interesse, e que não sabia que, ao baixar os arquivos, compartilharia automaticamente com outros usuários da rede.

No entanto, na sentença o juiz destacou que as provas apresentadas e o testemunho dos peritos apontam em sentido contrário ao afirmado pelo réu. “O acusado tinha plena consciência das funcionalidades do programa eMule, e portanto, sabia que os arquivos de pornografia infantojuvenil por ele baixados seriam automaticamente disponibilizados na rede mundial de computadores para acesso a outros interessados”, diz a sentença.

Pena

Somando todas as penas, o enfermeiro foi condenado a 25 anos e 8 meses de prisão. A Justiça determinou que ele cumpra a pena em regime fechado. O enfermeiro também foi condenado à perda do emprego público no posto de atendimento da cidade. O acusado está preso desde 2017 e ainda responde a processo disciplinar no Conselho Regional de Enfermagem.

OTempo

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