Enfermeira afirma que não houve negligência durante atendimento em Prudente de Morais

A enfermeira efetiva do Município de Prudente de Morais, Graziele Helena Corrêa, solicitou direito de resposta a respeito de um vídeo publicado na página do Facebook do Site Mega Cidade no último sábado (5 de outubro), o qual mostra uma “suposta reclamação” de que uma ambulância da Saúde de Prudente de Morais não teria ido até o ônibus Sete-lagoano para socorrer uma pessoa que estava passando mal.

Segundo a enfermeira, teve sua imagem e nome relacionados ao vídeo publicado em caráter de denúncia.

Contudo, a informação não procede, uma vez que o vídeo mostrou apenas o atendimento e em momento algum a publicação do Site Mega Cidade levantou suposta acusação a nenhum profissional que presta serviço na Secretaria de Saúde de Prudente de Morais.

Porém uma vez que a servidora apareceu no vídeo, foi concedido o direito de resposta, mas em momento algum foi citado o seu nome ou feito alguma acusação contra ela.

Segue a resposta na íntegra da solicitante:

“Faço esclarecer que:

1_ a solicitação feita por volta das 18:15 do plantão de ontem por um Sra que se identificou como Gláucia pedia atendimento para um "desconhecido" que estaria passando mal dentro do coletivo intermunicipal Setelagoano, hipótese de convulsão, já recobrada consciência; antes a mesma ainda reforça não ter sido atendida pelo SAMU e bombeiros, em tom grosseiro disse que "tínhamos obrigação" de aceita lo

2_ esclareço que ontem não tivemos plantonista em nenhum horário, ou seja, nossas ações se limitavam a competência da enfermagem, neste caso eu mesma; a abordagem da ambulância e enfermagem em via pública não teria influenciado diretamente no atendimento ao paciente por não se tratar de carro de socorro próprio como as do atendimento móvel de urgência e mais, nenhum medida invasiva poderia ser tomada pela ausência de suporte médico, o que está aquém da minha responsabilidade

3_ ao telefone esclareço a situação, oriento cuidados e por uma visão de técnica de melhor assistência considerando o tempo/ atendimento (o carro estava antes da faculdade da Embrapa) instruo o retorno para UPA SL onde o atentamente seria imediato e em menor tempo, considerando o deslocamento até nossa unidade e dela para o municipal o que levou 1h, poderia ter sido resolvido em menos de 20minutos; digo isso com competência de causa

4_ em uma segunda ligação de um homem não identificado, este insistiu que viria a nossa unidade pois estava em um ônibus com 50 passageiros e tinha de pensar neles, fala bem interessante para quem cobra assistência já que se preocupou com pessoas sadias sem riscos de qualquer espécie em detrimento de um paciente com necessidades médica, a ideia de socorro dos sujeitos envolvidos na denúncia é claramente distorcida haja visto que ao invés de ajudarem de "qualquer" forma se mantiveram firmes em xingamentos, ameaças e gravações àqueles que estavam ali sim trabalhando

5_nenhum dos queixosos ou denunciantes permaneceu junto ao paciente se solidarizando com ele, seu atendimento ou resultado final

6_ a quem possa interessar contrário as denunciantes não irei expor o paciente mas esclareço que o mesmo foi devidamente atendido dentro das ações pertinentes a equipe de enfermagem mesmo sob pressão e condições limitantes, transferido ao HM SL, onde seguiu seu tratamento, consciente, lúcido, deambulando aos leigos reestabelecido e estável

7_ contrariando estes que desconhecem os fatos como ocorreram estamos todos nós da equipe do plantão de consciência limpa por termos feito nosso trabalho apesar das intempéries, e certos de que um "Deus lhe pague" pronunciado pelo nosso paciente tem muiito mais força que os gritos das pessoas descontroladas. Nosso preparo nos confere a habilidade de permanecermos calmos mesmo quando a situação e tensa. Manter o controle isso sim sabemos fazer. 

8_ Temos dados suficientes, testemunhas inclusive e familiares que se dispuseram a nós apoiar na caminhada pela justiça nesse caso de desacato, difamação e calúnia

9_ Mas antes faço questão da retirada do vídeo publicado, uma retificação escrita e pública e a identificação da sujeita que se auto intitula denunciante, para devido arrolamento em boletim de ocorrência e ação judicial

Que fique claro todos nós somos passíveis de erro e como humana não sou imune mas que neste caso fique claro em momento algum ocorreu situação de omissão ou negligência, em especial  aos que acham que o atendimento seria diferente caso a pessoa fosse outra, peço que não julguem os outros por si. Carateres são distintos e se não me conhecem não autorizo que falem do meu. 

Em resumo: encerro esse debate público deixando claro que se não tem competência técnica para me criticar nem moral para censurar se voltem as suas vidas onde alguma coisa ou alguém realmente prescise de vocês. Faço saber.”