Um laudo pericial descartou que a pequena Clara Luisy Pereira Paes, de 10 anos, tenha sido arremessada do 9º andar de um prédio no bairro Heliópolis, na região Norte de Belo Horizonte. No último dia 13, a garota despencou de uma altura de aproximadamente 25 metros. Ela sobreviveu e continua internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde já passou por duas cirurgias.
A Polícia Civil informou que o laudo não encontrou sinais de violência no apartamento, o que indica que o imóvel não foi arrombado. Uma das linhas de investigação é de que a menina tenha tido uma crise de sonambulismo.
A polícia informou que "outras análises estão acontecendo" para apontar a causa da queda. O caso está sendo investigado pela delegada Ana Patrícia Ferreira França, da 3ª Delegacia de Venda Nova, e a data da conclusão do inquérito ainda não foi divulgada.
Relembre o caso
A menina caiu do 9º andar do prédio onde moravam os primos, no bairro Heliópolis, no dia 13 de outubro. O acidente aconteceu pouco depois da meia-noite. Ela foi resgatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) inconsciente, com múltiplas fraturas e trauma torácico.
O pai da garota, Wallace Paes, contou ao Hoje em Dia que, no período que está internada, a filha já sonhou com a queda e "acordou assustada e chorando".
Sonambulismo
Médicos afirmam que o sonambulismo é um fenômeno benigno comum que se manifesta, geralmente, no início da fase escolar e se estende até o início da adolescência. Não há estudos precisos sobre as causas e, na maioria das vezes, não é necessário tratamento. Ele é desencadeado durante o estágio mais profundo do sono e se caracteriza pela realização de atividades motoras sem a pessoa ter consciência plena do que está fazendo.
Como medida de segurança, os pais que perceberem algum sinal de sonambulismo no filho podem tomar alguns cuidados básicos: manter janelas fechadas ou colocar grades; deixar a porta trancada e sem a chave na fechadura; não deixar objetos espalhados no chão para evitar que a criança tropece; bloquear escadas; guardar facas e tesouras em locais de difícil acesso. Outra dica é sempre usar o bom senso para evitar situações de risco.
Quando os casos se tornam muito frequentes ou passam a provocar desconforto na criança, os pais devem procurar um médico.
*Com Liziane Lopes
Mín. 13° Máx. 25°