Uma criança de cinco anos foi assassinada com facadas na porta de uma escola, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (30). De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito do crime foi preso. De acordo com informações preliminares, ele teve um surto na Rua Perdões, no bairro Vila Cristina.
Ainda segundo a PM, uma mulher também foi atingida pelos golpes de faca. A perícia da Polícia Civil e o rabecão foram acionados.
Vizinhos contaram que populares tentaram linchar o homem antes de ele ser preso. Ele teria dito que tinha um 'pacto com demônio' e vozes disseram que ele 'deveria matar uma criança hoje'. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica, egresso do sistema prisional.
Brenda Souza de Andrade, 23, era cuidadora de Yeda Peres, a garotinha assassinada e, no momento do crime, levava a criança e seu irmão também pequeno para a escola. À reportagem ela contou que só percebeu a aproximação do homem em suas costas quando viu a menina caída no chão.
"Eu arrumei ela e o irmão para vir para escola. Quando atravessei a esquina (da rua Perdões), ela caiu. Eu olhei para o lado, perguntei 'por que você caiu?', e o irmão dela começou a gritar chorando. Eu olhei para trás e vi o homem com a faca, branco, que nem de açougue. Eu peguei ela, segurei ela no chão, parece que ele só queria ela. Ele só dava facada e risada, facada e risada".
Segundo a jovem, frequentadores de um bar próximo ao lugar onde a menina foi esfaqueada não tentaram ajudá-la. Ela só conseguiu socorro com professoras do Colégio Neuza Duarte. O irmão da criança conseguiu correr, a pedido da cuidadora, e se esconder do suspeito.
"O irmão não foi atingido, mandei ele correr, ele ficou gritando, muito desesperado", conta. Há também relatos preliminares de o homem ter tentado agredir ainda outras crianças na porta da escola.
Ainda com as mãos sujas de sangue, Brenda falou sobre a tragédia. "Eu estava trazendo ela para escola, nem passava pela minha cabeça isso. Tô com a minha consciência pesada, não sei nem o que falo para a mãe dela. A bichinha estava tão alegrinha, tinha acabado de arrumar ela para vir para a escola", desabafa.
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