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Polícia Inocência

Família de sete-lagoano confundido com assaltante em Ouro Preto luta por sua liberdade

Imagens mostram homens diferentes na joalheria, afirma família de Matheus

11/01/2020 às 09h50 Atualizada em 11/01/2020 às 14h08
Por: Redação
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Matheus (à dir) foi confundido com suspeito em Ouro Preto
Matheus (à dir) foi confundido com suspeito em Ouro Preto

Justiça. Esta é a palavra mais usada pelos familiares do sete-lagoano Matheus Fillipe Menezes Barbosa, 24 anos., que econtra-se preso e- sob protestos da família - por ter sido confundido com outro homem que praticou assalto em  em Ouro Preto no dia 22 de novembro de 2019. Segundo o Boletim de Ocorrência, ele teria participado de um roubo à joalheria Ouro Gemas, localizada na rua Cláudio Manoel, em Ouro Preto. Imagens do circuito interno mostram que outro homem, com características físicas completamente diferentes de Matheus, é o verdadeiro suspeito. A família de Matheus ainda mostra que, no mesmo dia do roubo, ele estava em Sete Lagoas.

O Boletim de Ocorrência feito pela Polícia Militar em Ouro Preto registra que o roubo à joalheria foi às 11h30 do dia 22 de novembro do ano passado. Pelas  imagens das câmeras do estabelecimento, os verdadeiros assaltantes usaram carro Fiat Argo, cor prata QPO-6382, veículo que coincidentemente é exatamente igual ao de propriedade de Dario, pai de Matheus. O detalhe é que o carro havia sido anunciado na OLX para ser vendido. Por isso, familiares de Matheus acreditam que os bandidos usaram o anúncio para copiar e clonar a placa do carro.

Para a família de Matheus, provavelmente  os polícias militares que acompanharam a ocorrência do roubo fizeram alguma ligação da autoria com a pessoa dele através do anúncio disponibilizado na internet para vender o carro de seu pai.  

A investigação do caso fez com que a  PM de Ouro Preto entrasse em contato com a Polícia Militar de Sete Lagoas. Foi quando o 25º Batalhão  fez contato com Dário (proprietário do veículo e pai de Matheus), e solicitou que ele levasse os policiais militares de Sete Lagoas até a agência onde o carro estaria à disposição para venda, e assim foi feito, asseguram os familiares.

A argumentação da família de Matheus é que o carro usado no roubo em Ouro Preto era outro, pois o Fiat Argo de Dário, pai de Matheus, estava na agência em Sete Lagoas onde o veículo se encontrava e  seria vendido. Na ocasião, acrescentam os familiares de Matheus, foi constatado que o veículo estava totalmente regular,  evidenciando que carro usado no roubo em Ouro Preto é, na verdade,  um carro clonado.

Controvérsia – Apesar do impasse dos carros ter sido solucionado, a foto de Matheus já havia sido mostrada a uma  vítima  do roubo que reconheceu Matheus como suposto integrante do grupo que praticou o assalto à joalheria.  Para Pedro, irmão de Mateus, ao que tudo indica a vítima foi fatalmente induzida a reconhecer o irmão como assaltante O reconhecimento fez com que a PM entendesse que, mesmo a 200 km de distância do roubo, Matheus estava envolvido.

Outra crítica feita pela família de Matheus é a Polícia Civil não ter utilizado recursos que tinha para apurar a real situação, como indica o irmão do sete-lagoano.  Para Pedro, irmão de Matheus, a PC poderia ter intimado o irmão para prestar esclarecimentos sobre os fatos na delegacia. “Isso  já explicaria todo e qualquer engano que houvesse. Ou que solicitassem uma ordem judicial para rastrear a localização do suspeito no momento do crime através das antenas de telefonia que o celular que Matheus usava, estratégia muito usada para pesquisar a localização de um suspeito de determinado crime, mas nenhuma medida nesse sentido foi tomada”, protesta o irmão de Matheus.

Na avaliação de Pedro, uma série de erros levou a investigação a crer que Matheus era o autor do roubo, e que nada foi feito para solucionar estas falhas. E desabafa: “a revolta entre amigos e familiares de Matheus é grande, principalmente depois que, procurando por provas de sua inocência, acharam um vídeo gravado por ele na galeria de seu telefone que indica que Matheus estava na Rua Eduardo Otávio França, 205, bairro Recanto do Cedro, na cidade de Sete Lagoas (endereço de sua residência), no dia e horário do roubo”, afirma.

 

Segundo a família de Matheus, o  mandado de prisão em seu desfavor foi cumprido em 9 de janeiro de 2020 em Sete Lagoas, ou seja, aproximadamente 50 dias após o roubo. “Este período foi desperdiçado cegamente na sede de buscar um culpado que na verdade era inocente, o Matheus.”

 

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