Agentes da Polícia Civil estarão infiltrados em blocos de rua da capital para coibir, entre outras ocorrências, as de abuso e assédio sexual durante o Carnaval de Belo Horizonte.
“Mais quatro delegacias de plantão, que funcionam normalmente em Belo Horizonte, estarão de plantão. Teremos reforço de efetivo em todas as carreiras, além da delegacia móvel na praça da Estação e do Juizado Criminal na Andradas, além das delegacias de mulheres e menores. Os agentes infiltrados identificam, além disso, pessoas com mandados de prisão em aberto ou com recorrências em brigas”, afirmou o delegado Wagner Sales.
Pelo menos 9.000 policiais militares também estarão nas ruas de Belo Horizonte durante os quatro principais dias do Carnaval, de sábado a terça-feira. O maior foco é no combate às ocorrências de furto e roubo de celular, além de ocorrências de assédio e crimes sexuais.
“O furto e o roubo são crimes de oportunidade. É muito comum ver as pessoas com celular no bolso de trás, por dentro do short, com a ponta aparecendo. É o tipo de comportamento que o infrator gosta. A pessoa nem sente que teve o celular furtado. A gente orienta as pessoas que tragam o celular nas doleiras ou em cordões com aquele tecido plástico. Evite andar sozinho, esteja sempre com um grupo de pessoas e evite passar por locais ermos”, orientou o comandante de policiamento da capital, coronel Eduardo Felisberto Alves.
“Da mesma forma como a gente está tratando a questão do roubo e celular, vale em partes para a questão do assédio, do estupro ou algo do tipo. Temos várias áreas na cidade com baixa luminosidade. Então a gente pede para que as meninas evitem transitar sozinhas nesses lugares. Estar em grupo minimiza a tentativa de qualquer crime sexual”, completou o coronel.
Em relação a manifestações políticas durante os blocos, o comandante informou que situação acontecerá naturalmente.
“É uma garantia constitucional. Temos que ter o devido cuidado para que essa manifestação política não extrapole o razoável e passe para a agressão verbal. Vamos ter blocos com 400 ou 500 mil pessoas. Imagine uma manifestação política agressiva com pessoas que são de diversas ideologias políticas. Podemos ter uma tragédia. Então precisamos contar com o bom senso das pessoas que conduzem esses blocos, e de todos os lados ideológicos, seja de esquerda, centro ou direita. Se cada um respeitar o espaço do outro, não teremos problema”, afirmou.
O efetivo total da Guarda Municipal, de 2.049 agentes, estará nas ruas durante o evento.
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