Um adolescente de 17 anos, que integraria a gangue de Felipe Souza da Cruz, conhecido como Jiraya, um dos criminosos mais perigosos de Minas Gerais que morreu em janeiro deste ano, após sofrer uma parada cardíaca durante uma visita íntima com um mulher no presídio em que estava preso, em Francisco Sá, no Norte do Estado, foi detido, na manhã do dia 6 de fevereiro último, em Betim, na região metropolitana.
O menor estava com um mandado de busca e apreensão em aberto pelos crimes de tráfico de drogas e homicídio. Com ele, a polícia encontrou uma pistola calibre 9 mm de fabricação Turca e uso restrito.
De acordo com o sargento Paulo Henrique Mesquita, da 268ª Cia. do 33º Batalhão da Polícia Militar de Betim, o adolescente já estava sendo monitorado pela polícia, sobretudo após a morte de Jiraya, que comandava o tráfico de drogas na região do Citrolândia. “Recebemos a informação de que dois indivíduos estariam praticando atos ilícitos em uma casa abandonada no Alto do Boa Vista. Fomos até o local e encontramos o menor e outro homem, de 41 anos, que estava foragido de um presídio em Divinópolis”, explicou.
Aos militares, o garoto de 17 anos assumiu a propriedade da arma de fogo e disse que estaria de posse da pistola para se proteger. “O menor afirmou que, como a gangue que ele integra, do Alto do Boa Vista, estaria em guerra com a gangue do Vila Cruzeiro, ele precisava da arma para se proteger. Já o homem de 41 anos disse que não era do Citrolândia e que estava em Betim há apenas uma semana”, contou o sargento.
Além da pistola de fabricação Turca, foram apreendidos no imóvel abandonado munições, um carregador e uma bucha de maconha. Os suspeitos e o material foram encaminhados para a Delegacia de Plantão de Betim.
Saiba quem é Jiraya
Ele é suspeito de liderar uma organização criminosa e foi alvo de cinco prisões preventivas por suspeita de tráfico, envolvimento com crime organizado e assassinato de três pessoas.
Além disso, o homem é suspeito de outros cinco homicídios em Betim e possui passagens por porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e associação criminosa.
O criminoso é conhecido como "Jiraya" por usar uma espada para torturar as vítimas. Ele teria, ainda, ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), da qual adquiria as drogas.
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