
Em decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ficou determinado que servidores das escolas públicas do Estado permaneçam em casa durante a pandemia do novo coronavírus, sob pena de multa de R$ 100 mil. O governo estadual autorizou o retorno às atividades de funcionários do administrativo das unidades, expondo, assim, cerca de 50 mil pessoas ao risco de contaminação, segundo o TJMG.
De acordo com a decisão proferida pela desembargadora Ana Paula Caixeta, a volta ao trabalho presencial aumentaria o fluxo e deslocamento de pessoas nas ruas e transportes coletivos. Liminar protege pedagogos, supervisores pedagógicos, orientadores educacionais, coordenadores pedagógicos em mais de 3.600 escolas da rede estadual de ensino.
Para a magistrada, a decisão tem como objetivo proteger os direitos constitucionais à vida e à saúde, não apenas dos servidores da educação, mas da população como um todo, já que a maior circulação de pessoas poderá acarretar o crescimento da propagação e do contágio da Covid-19.
“O governo do Estado pretendia retomar as atividades administrativas nas escolas, contrariando a manutenção do isolamento social, orientada pela Organização Mundial da Saúde”, disse o advogado do Sindicato dos Profissionais de Especialistas em Educação do Ensino Público do Estado de Minas Gerais (Sindespe-MG), Bruno Reis de Figueiredo.
Dessa forma, está suspensa a deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19 nº 26, de 8 de abril de 2020, que determina a volta de tais servidores. Estão incluídos diretores, vice-diretores, secretários de escola, coordenador de escola, Assistente Técnico de Educação Básica (ATB) e Auxiliar de Serviços de Educação Básica (ASB), além dos inspetores escolares que atuam nas Superintendências Regionais de Ensino (SREs).
Teletrabalho
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE), os gestores escolares e suas equipes deverão se dedicar a atualizar as informações escolares no Sistema Mineiro de Administração Escolar (Simade) e a fazer um levantamento sobre qual a forma mais segura de comunicação com cada aluno. O objetivo dessa ação é para que o processo de ensino não seja prejudicado.
A medida foi contestada pelo Ministério Público (MP) e pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE).
Em entrevista exclusiva à rádio Super Notícia 91,7 FM nesta quinta-feira (23), o governador Romeu Zema (Novo) criticou a postura do Sind-UTE sobre a questão. "A maioria das escolas particulares está conseguindo fazer o ensino a distância, não presencial, mas, infelizmente, na rede pública, o sindicato conseguiu uma liminar para impedir o teletrabalho. Eu gostaria de entender o porque, do meu ponto de vista é incompreensível. As professoras já não estão dando aula, e agora eles querem que elas não façam nem o trabalho de casa, o teletrabalho", disse.
Em nota, a SEE informou que já respondeu a todos os questionamentos e aguarda a decisão judicial, mas afirmou que a expectativa é que não haja alteração no calendário do regime de estudo não presencial.
Vale lembrar que, de acordo com a Deliberação do Comitê Extraordinário COVID-19 nº 18, de 22 de março, as escolas da rede estadual de ensino estão com as aulas presenciais suspensas por tempo indeterminado, como medida de prevenção e enfrentamento ao avanço da pandemia do novo coronavírus.
A partir disso, a SEE desenvolveu o Regime de Estudo não Presencial, por meio do qual os alunos da rede pública estadual voltarão a contar com atividades pedagógicas de forma não presencial. Entre as ações estão o Plano de Estudo Tutorado (PET), apostilas em formato PDF com conteúdos e atividades para os alunos, que serão distribuídas de forma on-line e também de maneira não virtual; e as Teleaulas, que são programas com conteúdos escolares exibidos em parceria com a Rede Minas. A previsão é de que os PETs já estejam disponíveis para os alunos a partir do dia 04 de maio e que a veiculação das teleaulas na Rede Minas comece no dia 11 de maio.

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