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Manifestantes desafiam toque de recolher e EUA vivem crise histórica

Estados Unidos tiveram sexto dia de protestos após a morte de George Floyd, e atos se espalharam mundo afora

01/06/2020 às 09h26 Atualizada em 01/06/2020 às 09h43
Por: Redação Fonte: Estadão Conteúdo / O Tempo
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Estados Unidos tiveram mais um dia de protestos raciais após a morte de George Floyd Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP
Estados Unidos tiveram mais um dia de protestos raciais após a morte de George Floyd Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP

O barulho de helicópteros sobre a região da Casa Branca e as sirenes não deram trégua durante toda a madrugada e recomeçaram no meio da tarde de ontem. Washington é uma das 75 cidades que acordaram com marcas da convulsão social na qual os EUA mergulharam no fim de semana, quando os protestos antirracismo que pedem justiça pela morte de George Floyd se espalharam, com episódios de violência.

As manifestações, que ontem chegaram ao sexto dia consecutivo, fizeram ao menos 24 autoridades municipais decretarem toque de recolher para tentar conter os tumultos, os saques e as vidraças quebradas. As autoridades tentavam determinar se havia extremistas infiltrados nas manifestações.

Foi a primeira vez, desde as mobilizações de 1968, após o assassinato de Martin Luther King Jr., que tantas cidades adotaram a medida ao mesmo tempo como resposta à agitação civil. A Guarda Nacional foi acionada em 11 dos 50 Estados, mas manifestantes desafiaram a polícia e o toque de recolher e continuaram nas ruas. Ontem, a Guarda Nacional disse que 5 mil homens foram postos em prontidão em 15 Estados e na capital, mas "as agências de aplicação das leis locais eram responsáveis pela segurança".

Os protestos contra o racismo na abordagem policial começaram em Minneapolis, no Estado de Minnesota, onde Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto asfixiado por um policial branco que pressionou o joelho sobre o pescoço dele. A morte de Floyd reacendeu o movimento contra o racismo na polícia, já visto em 2013 e 2014. Mas, desta vez, a revolta chega em meio a uma grave pandemia e a uma crise econômica comparável apenas à Grande Depressão de 1929.

Com o maior número de mortos pela covid-19 no mundo - mais de 104 mil até agora -, 40 milhões de desempregados e uma ebulição social, os EUA entraram neste final de semana em uma crise histórica.

Os EUA iniciaram um processo de reabertura gradual da economia nas últimas semanas, após indicativos que o pico da contaminação por coronavírus passou. Mas os protestos podem fazer com que a prevista segunda onda de contágio chegue antes do esperado.

Em Londres, Berlim e no Rio de Janeiro, manifestantes saíram às ruas em apoio à pauta americana. Nos EUA, a maioria das manifestações foi pacífica, mas houve conflito entre policiais e manifestantes em cidades como Minneapolis, Los Angeles, Chicago, Filadélfia, Atlanta, Nova York e Washington, com carros de polícia incendiados, lojas depredadas e saqueadas.

O crescimento e a escalada no tom das manifestações indicam que os manifestantes terão dificuldade em manter a coesão. Vídeos mostram manifestantes negros no Brooklyn, em Nova York, tentando evitar que uma loja da rede Target fosse depredada, indicando o desacordo interno.

À frente da Casa Branca, Donald Trump é uma figura que provoca divisão. O país é rachado entre os que amam e os que odeiam o americano. No sábado, ele chegou a sugerir que seus apoiadores se manifestassem na Casa Branca, o que poderia piorar a tensão caso houvesse choque entre grupos.

Ontem, o presidente anunciou que vai designar o grupo antifascista Antifa, em quem coloca a culpa pelos episódios de violência das manifestações, como uma organização terrorista. Atualmente, mais de 60 grupos são designados como organizações de terrorismo estrangeiras, como Al-Qaeda e o Estado Islâmico. A designação é considerada uma ação política e diplomática, mas especialistas apontam que Trump terá dificuldade em executar a medida.

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