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Servidores dos Correios de Sete Lagoas, Minas e Brasil entram em greve

Luta contra a privatização da estatal e manutenção de direitos adquiridos é o motivo da mobilização

18/08/2020 às 14h52 Atualizada em 19/08/2020 às 15h55
Por: Redação Fonte: Estado de Minas / G1
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Servidores dos Correios de Sete Lagoas
Servidores dos Correios de Sete Lagoas

Cerca de 100 mil funcionários dos  Correios de Sete Lagoas, Minas Gerais e todos os outros Estados do País decidiram entrar em greve a partir das 22 horas desta segunda-feira (17 de agosto). A unidade de Sete Lagoas é ligada ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios de Minas Gerais (Sintect-MG). 

De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a paralisação ocorre por tempo indeterminado, em protesto contra a retirada de direitos adquiridos, a possibilidade de privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus. 

Um dos servidores da unidade dos Correios de Sete Lagoas conta que diversos direitos de mais de 30 anos dos trabalhadores, vem sendo reduzidos a ponto de um funcionário que normalmente recebe 3 mil reais entre salário e adicionais, passar a receber 1500 reais bruto, além do aumento da participação dos trabalhadores em plano de saúde, retirada de 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras. 

Segundo ele, o presidente Bolsonaro e o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, querem sucatear a empresa e enxugar a folha de pagamento, retirando direitos do funcionalismo, para facilitar ainda a privatização. 

“Inclusive, ficou estabelecido em 2019, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), um acordo com vigência de dois anos, de que não haveria ganhos, mas também não haveria perdas. Mas a presidência dos Correios não aceitou e recorreu ao Supremo, sendo que o ministro Dias Toffoli concedeu uma liminar, cancelando a decisão dos ministros do TST. Além do mais, nos últimos anos os Correios tem tido grandes lucros e não perdas. Inclusive a pandemia aumentou e muito os ganhos com os fluxos de cargas. Chegou a estar faltando lugar para colocar encomenda. E a empresa só alega que está tendo prejuízo. Por outro lado, se for olhar de maneira geral, entre as estatais do Governo, os Correios é o que paga pior a seus funcionários.”, ressalta o servidor sete-lagoano. 

Também para o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, o governo Bolsonaro busca a qualquer custo vender os Correios que é um dos grandes patrimônios dos brasileiros. “Somos responsáveis por um dos serviços essenciais do país, que conta com lucro comprovado e com áreas como atendimento ao e-commerce, que cresce vertiginosamente e funciona como importante meio para alavancar a economia", disse. 

Posição da estatal 

Em nota, os Correios informaram ter um plano de continuidade de negócios para manter o atendimento à população em qualquer situação adversa. A estatal informou que o objetivo primordial é cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, de forma a retomar a capacidade de investimento e sua estabilidade, e manter os empregos dos funcionários.

 

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