Um condutor (T.P.S. de 18 anos) teve seu veículo Fiat Siena danificado por uma mulher (M.C.O. de 37 anos), um homem (M.D.P.P. de 26 anos) e populares, na noite do último domingo (7), na Praça Expedicionário Clodovino Madaleno, na Avenida Salvo Sanches Dumont, bairro Belo Vale em Sete Lagoas. O motivo seria porque o T.P.S. teria sido confundido com um pedófilo.
De acordo com informações, no local encontravam-se as partes qualificadas: M.C.O., sua filha de 12 anos, T.P.S., A.C.S. de 20 anos, D.R.P. de 43 anos, M.D.P.P. e G.F.S.
Policiais teriam percebido a chegada do Fiat Siena Attractiv de cor prata, placa OMH-1021, e da motocicleta Honda XRE 300, placa OWN-1767, no local; que no carro estavam o condutor T.P.S. e a passageira A.C.S., sendo que na motocicleta estava M.D.P.P.
Em seguida, ouviram o motociclista dizer que o condutor do Fiat Siena era um pedófilo, pois estaria saindo com uma menor.
Em ato contínuo, outras pessoas foram chegando no local e diante da acusação de que o condutor do carro estivesse com intento de relacionar sexualmente com uma criança, esse teve seu veículo danificado por golpes de capacete, pedras e pauladas, por M.C.O. e M.D.P.P., além de populares não identificados, no referido local.
Ouvida a autora M.C.O. declarou que tomou conhecimento que há alguns dias, que R., sem maiores dados, teria a atraído à prostituição e inserido nesse contexto de promiscuidade, sua filha de 12 anos, através de um perfil do Facebook, onde já teria inserido uma foto da criança intitulada “brotinho”, ofertando-a para um homem (J) que virtualmente se passava por um garoto de 14 anos.
Tudo isso, segundo a declarante, armação de R., visando lucro fácil. Ainda segundo a versão da declarante, ao tomar conhecimento do fato, encontrou R. na Rua Januário Correia, no referido bairro, onde reside a avó dessa, sendo que depois de discutirem e travarem um luta corporal, chegou a manusear o celular da autora R. e entrou em contato com J. como se fosse a filha e disse que não mandaria fotos, principalmente nudes, pois queria um encontro real. Que tal encontro teria sido marcado para esta data, às 22 horas, em frente a quadra de areia do bairro Belo Vale, na Avenida Salvo Sanches Dumont.
Que sabia vagamente que o aproveitador viria em um carro prata e que por volta do horário combinado, deixou a filha sentada em um banco próximo e ficou observando, tendo aproximado um veículo Sedan de cor prata, cuja placa de identificação não conseguiu memorizar e ouviu alguém dizer no interior do veículo suspeito: “Nossa! A mãe dela esta aqui!”, sendo que o condutor do veículo deixou o local em alta velocidade.
Em seguida, teria passado pelo local outro veiculo, Fiat Siena, e quando o viu, instintivamente passou a atirar pedras e até seu próprio celular contra o segundo veículo e gritou para todos ouvirem: “É um pedófilo! É um pedófilo!” E que pediu ajuda a um motociclista para que fosse atrás do veículo, o que foi feito por M.D.P.P. que perseguiu o Fiat Siena até o centro da cidade.
Que quando percebeu o veículo de cor prata, o qual não soube afirmar neste momento se é o mesmo que chegou pela primeira vez próximo de sua filha, perdeu o controle e já passou a danificá-lo.
Igualmente ouvido, o condutor do Fiat Siena (T.P.S.) e sua namorada (A.C.S.) declararam que desconhecem qualquer ilícito envolvendo o fato narrado por M.C.O. e acrescentaram que ficaram assustados pela barbaridade e brutalidade com que foram surpreendidos e que não iriam representar em face da autora, em razão da situação delicada.
A proprietária do carro danificado (D.R.P.) também disse desconhecer o fato narrado M.C.O. e também consignou que não representaria criminalmente pelo dano, em face dessa, mas que alguém deveria custear os danos causados ao veículo, que foram nos faróis, para-brisa, frente traseira e lateral esquerda.
O condutor da motocicleta disse que foi incentivado por M.C.O. a perseguir automóvel, pois acreditava que em seu interior havia uma criança (filha dela) sendo violentada sexualmente e que de fato atirou um capacete contra o veículo, mas acredita que isso não causou-lhe nenhum dano.
Novamente inquirida, a autora do dano e representante da menor, disse não possuir registros, prints ou endereço do link das divulgações.
Diante das declarações, foram configurados os delitos de favorecimento da prostituição ou exploração sexual de criança praticado por R. em face da adolescente de 12 anos e o crime de dano (patrimônio particular) praticado por M.C.O. e M.D.P.P. em desfavor de D.R.P., proprietária do Fiat Siena.
Estando os veículos e condutores regulares, esses foram liberados, sendo que a motocicleta ficou retida até que o condutor sanar a irregularidade administrativa detectada, ou seja, placa de identificação ilegível (levantada/dobrada) sendo lavrado o auto de infração.
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