
Cerca de 90% dos trabalhadores da cerâmica Setelagoana cruzaram os braços na manhã deste sábado (08). Acompanhados do sindicato Marreta que representa a categoria da construção civil, cerâmicas, mármore e granito, trabalhadores ganharam força decidindo paralisar as atividades por tempo indeterminado na empresa.
Na última quarta-feira (05), foi realizada uma passeata da cerâmica até o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) de Sete Lagoas onde foi protocolada uma denúncia contra a empresa. Na oportunidade foi marcada uma reunião para a próxima segunda-feira (10), com a presença do proprietário da Cerâmica Setelagoana na tentativa de por fim ao impasse e sofrimento dos trabalhadores.
A empresa que atua em Sete Lagoas há mais de 50 anos, é bastante conhecida em todo estado de Minas Gerais na produção de tijolos e telhas, ela concorre com grandes empresas de Belo Horizonte como a cerâmica Braúna.
Mesmo consolidada no mercado, a cerâmica Setelagoana vem atrasando o pagamento acumulando três folhas de pagamento. Após a falta de resposta por parte da diretoria da empresa, trabalhadores decidiram cruzar os braços, a empresa possui em média 200 funcionários, 90% dos trabalhadores aderiram a paralisação.
O sindicato Marreta, através do diretor sindical Milton Mendes, denunciou o trabalho escravo na empresa, segundo ele, a empresa não fornece cesta básica, EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e trabalhadores são obrigados trabalhar em local com falta de uma estrutura digna. O sindicalista disse ainda, que o proprietário da cerâmica está ameaçando os trabalhadores.
Na manhã deste sábado (08), a equipe de jornalismo do megacidade.com, esteve na porta da empresa, na oportunidade, conversamos com Flávio Aparecido encarregado na empresa há 18 anos. Ele foi demitido por justa causa por ter comprado os pães para o café dos trabalhadores, à empresa se negou comprar somente porque os trabalhadores estavam em greve, na notificação da demissão, a empresa disse que o mesmo estaria estigando os trabalhadores.
A insegurança, tristeza e revolta foi o que encontramos nos olhares dos trabalhadores, alguns mesmo com os salários atrasados ainda estavam trabalhando e afirmaram que, após a dura jornada estavam pedindo esmolas nas ruas para sustentar a família. A funcionária Andréia de Fátima Ferreira 35 anos, estava em estado de choque, chorando na porta da empresa sem saber qual seria sua refeição no almoço deste sábado.
A equipe do megacidade.com, tentou conversar com a direção da empresa, mas, ninguém se prontificou falar com nossa reportagem.
Assista aos depoimentos:
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