A companhia teatral Preqaria, fundada e dirigida pelo ator e diretor João Valadares, realizará, nesta sexta-feira, dia 11 de julho, "Vamos discutir o Racismo" com o público infanto-juvenil através duas apresentações do espetáculo “SAGA – Uma história do povo preto” com patrocínio da *Cimento Nacional* em Matozinhos - MG.
“SAGA – Uma história do povo preto” traz uma narrativa possível para a trajetória do negro africano, partindo de uma de suas cosmovisões até o Brasil de hoje, misturando aspectos históricos, mitológicos e culturais. Apesar do tema sério, a peça traz leveza, como na versão do grupo para a história de Ananse, a entidade Aranha da África Central. Muito astuto Ananse consegue alcançar seus objetivos frente a Nyame, um Deus forte e poderoso, em uma das cosmogonias africanas para o início dos tempos.
Após as apresentações faremos um bate papo com os alunos e professores da Escola Estadual Professora Vitiza Otaviano Viana e da Escola Estadual Visconde do Rio das Velhas. Um diferencial é tratar um tema sério como o racismo estrutural no Brasil também para o público infanto-juvenil. SAGA vem se apresentando em escolas e já foi vista por mais de 5 mil pessoas a partir de 10 anos de idade em cidades como Sete Lagoas, Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e Vitória ES.
Abordando aspectos da invasão, ganância, escravização e extermínio dos negros, a peça se posiciona nos dias atuais ao apontar o racismo estrutural ainda presente na sociedade. O comportamento em relações hierárquicas das empresas e nas relações interpessoais em várias camadas do cotidiano, demonstrando a resultante de nossa perspectiva histórica.
Em "SAGA – Uma história do povo preto", a companhia recorre a diversas áreas de conhecimento como a história, a antropologia, a mitologia, o teatro e a música; agregando relatos sobre costumes, crenças e questões sociais que não devemos esquecer. Teatralmente, o espetáculo lança mão de linguagens que o grupo vem pesquisando há mais de dez anos, como as máscaras, o teatro de sombras e o teatro de objetos.
A dramaturgia aberta e contemporânea força os atores ao diálogo com o público, assume o compromisso épico das narrativas, mas também se apoia em cenas dramáticas onde os atores devem assumir personas mais definidas.
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