Márcio Reinaldo garante continuidade de parceria com o HNSG
01/03/2016 às 06h36
Por: Redação
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Na manhã desta segunda-feira (29), durante o programa Café Com o Prefeito na Rádio Eldorado, o prefeito Marcio Reinaldo colocou em pauta diversos assuntos ligados à situação da Saúde em Sete Lagoas. Dentre os temas abordados, estiveram: A questão da dengue e a proliferação de mosquitos em lotes vagos, convênio com o Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) e situação dos médicos que trabalham no regime de “Disponibilidade Médica” em Sete Lagoas. Na oportunidade, dezenas de ouvintes ligaram para a emissora e fizeram pedidos para limpeza de lotes, além de denúncias de proprietários de terrenos que não cuidam dos mesmos. A preocupação com a proliferação de mosquitos em lotes particulares é de toda a comunidade. Nos últimos dias ganhou força o boato de que a administração municipal não renovaria o convênio com o HNSG. A falsa notícia se espalhou pela cidade e, diante disso, Marcio Reinaldo fez questão de afirmar que, durante seu governo, a parceria com o hospital seria mantida: “Não houve corte de convênios, apenas não concordamos com o aumento no repasse autorizado sem maiores estudos pelo antigo Secretário de Saúde”, comentou. Atualmente, a prefeitura repassa cerca de R$ 3,5 milhões por mês para o HNSG. A verba garante atendimentos e internações pelo SUS no hospital que é principal referência de média e alta complexidade na região. “Com todo amparo legal, estamos avaliando a renovação desses convênios de repasse”, explicou Marcio Reinaldo. O prefeito também demonstrou insatisfação de como o assunto foi tratado nos últimos dias e promete investigar, por meio de processo administrativo, como um decreto onerando tais repasses foi publicado sem sua autorização. Marcio Reinaldo também considerou maldosa e irresponsável a atuação da oposição política ao seu mandato quanto aos assuntos relacionados à Saúde do município. “Estão fazendo estardalhaço em cima da Saúde. Infelizmente muita gente do próprio hospital está fazendo chantagem em cima de coisa séria”, disparou. Confira tópicos mais importantes da entrevista do Prefeito: CASOS DE DENGUE: “Vínhamos controlando a dengue de forma positiva, mas este ano a coisa se degringolou. Além da dengue vieram a Zika e o Chikungunya. É um problema sério, que chegou a Sete Lagoas, Belo Horizonte e cidade vizinhas. O governo federal tem feito algumas coisas, mas as ações ainda são muitos simples e aquém das nossas necessidades. O grande problema são os terrenos sujos, os verdadeiros criadouros dos mosquitos. É necessário localizar os proprietários para que abram suas propriedades e a limpeza seja feita”. SAÚDE (READEQUAÇÃO): “A saúde precisava passar por uma adequação, visto que as receitas estão caindo muito e as despesas só aumentando. Tivemos problemas com o sistema de Disponibilidade Médica, que custava R$ 800 mil por mês ao município. É um procedimento que o médico só vai até a unidade de saúde quando solicitado, sem necessidade de sua presença física. Eram somente clínicos gerais, não eram cirurgiões ou especialistas. Tentamos colocar um teto, de até R$ 25 mil. Ou seja, mesmo sem trabalhar ou até com três empregos não abriam mão dessa disponibilidade médica. Não dava mais e o modelo está sendo revisto pelo novo secretário de Saúde, Roney Gott”. CONVÊNIO HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS: “O novo convênio com o Hospital Nossa Senhora das Graças, nas condições especificadas no decreto, geraria um repasse mensal de aproximadamente R$ 4 milhões. Foi assinado pelo então Secretário de Saúde, Breno Simões, sem respaldo do prefeito, único que pode – por decreto – assinar convênios desta natureza. Sem este acréscimo, os convênios com aquele hospital já chegavam a mais de R$ 3 milhões em alguns períodos do ano. Pra se ter uma idéia, os valores repassados nos últimos meses de 2015 foram os seguintes: Outubro/2015: R$ 2.287.139,52; Novembro/2015: R$ 2.311.026,98; Dezembro/2015: R$ 3.947.838,56. Tudo está sendo tratado novamente, amparado legalmente. Cabe até processo administrativo dentro da Secretaria de Saúde sobre quem foi conivente com esse ato, essa publicação. A Prefeitura não cortou todos os convênios, somente o acréscimo que houve. Hoje já é repassado um valor bastante considerável para o Hospital Nossa Senhora das Graças e este está mantido normalmente. Infelizmente, a oposição vem fazendo estardalhaço em cima da Saúde. E tem muita gente do próprio hospital fazendo chantagem em cima de coisa séria. Além disso, o Hospital Nossa Senhora das Graças continua fazendo o papel de Hospital Regional, pois várias cidades muito além da região da AMAV usufruem do sistema de saúde. Hoje, um número próximo de 40% dos atendimentos neste Hospital são feitos por pacientes de outras cidades, que não Sete Lagoas, incluindo localidades que ficam a mais de 100 km daqui. Já que o sistema deste hospital atende a várias cidades da região, o justo seria que todas ajudassem na manutenção e no pagamento das despesas do mesmo. O gargalo “existe porque a instituição não atende somente a população da cidade”. HOSPITAL REGIONAL: “O dia em que houver recurso do Governo Estadual – obra do Estado – o hospital será finalizado. Quem fez licitação e financiou este empreendimento foi o Governo Estadual. Além de construir, tem a manutenção também. Por mês o Regional vai custar cerca de R$ 10 milhões ao município. Somente com um consórcio entre prefeituras para bancar este hospital; algo que duvido muito que aconteça, visto o sufoco que passam as prefeituras do interior. Atendemos pacientes de toda região, de Curvelo, Corinto, Três Marias, Pompeu, Abaeté e por aí vai. É um quadro que deveria ser melhor administrado”.
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