
A proximidade do Domingo de Páscoa, ponto alto da Semana Santa, no qual os católicos celebram a ressurreição de Cristo, é um momento de alegria e ansiedade para a devota Fátima Tropia, de 58 anos, moradora de Ouro Preto, na região Central de Minas. É nesse dia que ela professa a fé com a confecção dos tapetes devocionais que colorem as ladeiras da cidade histórica.
O ritual também é tradição em cidades como Caeté e Santa Luzia, na Grande BH, onde os fiéis se dedicam à criação de verdadeiras obras de arte inspiradas na doutrina cristã.
Pronta para virar a madrugada decorando a porta de casa, por onde a procissão irá passar neste domingo pela manhã, Fátima já separou o molde, os papéis e o pó de café que vão dar vida a mais um tapete. Um ritual que aprendeu com os pais e pretende passar para as próximas gerações.
Com a ajuda da sobrinha Maria Carmen, de apenas oito anos, o material vai sendo cuidadosamente organizado para que nada dê errado no momento que ela considera especial. “Desde que me entendo por gente vejo isso acontecer. É um instante diferente, de introspecção e gratidão. Algo que me alegra muito”, explica.
Envolvimento
A fidelidade aos rituais do Domingo de Páscoa é tão grande em alguns locais, que as mesmas práticas realizadas há 300 anos são conservadas até hoje. É o caso de Santa Luzia, onde as irmandades de homens e mulheres mantêm tradições tricentenárias.
São esses grupos que enfeitam os santos que serão levados por uma verdadeira multidão de devotos. O rito religioso ultrapassa diversas gerações de famílias que fazem questão de manter acesa a chama da fé.
O professor Marco Aurélio Fonseca, de 40 anos, explica que um dos momentos mais bonitos é a procissão que passa por todo centro histórico da cidade. O cortejo é admirado pelos moradores, que estendem toalhas nas janelas de cada casa.
“É um momento que tem até um cheiro totalmente especial. A cidade toda se envolve, as pessoas vêm para a rua. É muito gratificante. O principal desejo é que essa tradição nunca se perca”, avalia.
Esperança
O padre Flávio Campos, da Igreja São José, em BH, lembra que a Semana Santa, em especial o domingo, é um dos momentos mais importantes para a comunidade cristã. Para ele, os tapetes representam a acolhida a Cristo, e as procissões lembram que “todo discípulo é chamado a seguir o caminho de Jesus”.
Por Raul Mariano - hojeemdia

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