
Mais da metade (52%) dos estudantes brasileiros afirma não se sentir segura nas escolas públicas do país. É o que mostra a pesquisa “Infância [Des]Protegida”, feita com 3.814 alunos do quinto ao nono ano (entre 9 e 17 anos) de 67 unidades de ensino dos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, teve o pior resultado entre as cidades analisadas, já que 36% dos alunos entrevistados no município afirmaram que é normal o cancelamento das aulas devido a tiroteios, confusão na rua e outras situações de violência e perigo.
De acordo com Karina Lira, especialista em proteção à infância da Visão Mundial, responsável pela pesquisa, o objetivo do levantamento é conhecer e mensurar a percepção de segurança de crianças e adolescentes que frequentam as escolas públicas do país.
“Depois da casa, a escola se torna o local de maior convivência dos alunos. E a escola não é uma ilha: eles levam consigo todos os problemas que têm do lado de fora, incluindo a violência, que ali pode ser amplamente reproduzida”, afirma.
Mais violência
Outros dados levantados na pesquisa confirmam essa realidade. Dos entrevistados, 84% presenciam brigas frequentes entre alunos; 33% declaram sofrer ameaças de abuso físico dentro das unidades e 33% afirmam ter sido alvo direto ou sofrido consequências da violência urbana.
Além disso, um em cada três estudantes nem sempre sabe a quem pedir ajuda em caso de abuso ou ataque.
“Esses resultados apenas refletem o que sabemos há muito tempo: infelizmente, a comunidade escolar não está preparada para lidar com esse tipo de demanda tanto no sentido de estrutura quanto de capacitação dos profissionais que nela trabalham”, diz Karina.
Para reagir a esse cenário, segundo ela, é necessário um esforço colaborativo entre todas as instituições do sistema de proteção de crianças e adolescentes. “A violência é um problema complexo, que requer soluções complexas, mas não impossíveis. Por isso, a união de todos os setores da sociedade é fundamental”, afirma.
Agressão em casa
A pesquisa revelou que a violência também acontece dentro de casa, apesar de 78% dos participantes afirmarem se sentir protegidos nesse ambiente.
A maioria das crianças e adolescentes sofre punição física quando faz algo de errado (62%), sendo mais frequente entre crianças de 9 a 11 anos (76%) e negros (66%).
Segundo Karina Lira, isso mostra que existem normas sociais que tornam aceitável e legítimo o uso da punição física como forma de educação dos filhos. “É por meio dessas mesmas normas que eles praticam a violência na escola”, declara.

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