Espancado e golpeado com uma pedra na cabeça, um morador de rua de 74 anos morreu na madrugada dessa quinta-feira (12), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O idoso dormia sob uma marquise quando um homem de 23 anos o teria acordado com chutes e pancadas. Após os primeiros golpes, o suspeito atirou uma pedra contra a cabeça da vítima, e seguiu para outro lugar.
Resgatado pelo Corpo de Bombeiros, o morador de rua recebeu atendimento médico na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Luizote, mas não resistiu aos graves ferimentos sofridos. Assim, a enfermeira que o atendeu acionou a Polícia Militar para comunicar a morte do idoso.
Ciente do lugar onde as agressões aconteceram, os militares acessaram imagens de câmeras de segurança de um comércio ao lado da calçada onde o idoso cochilava. Nelas, o suspeito do crime aparecia trajando uma camisa vermelha e todos os golpes contra o homem estão registrados.
Pouco tempo depois de constatada a morte, o agressor que aparece na gravação foi encontrado. Ele ainda vestia as mesmas roupas usadas no momento do crime, e seu corpo estava coberto com o sangue da vítima.
Sem motivação clara
À polícia, o suspeito contou que se encontrou com o morador de rua durante a madrugada para beber. Segundo ele, os dois teriam se desentendido e, para se defender, o homem teria agredido o idoso com chutes e uma pedrada. O jovem de 23 anos contou que, depois disso, não se lembra o que aconteceu.
Série de crimes
Momentos antes de assassinar o idoso, o suspeito e um amigo, um homem de 28 anos, participaram de uma tentativa de furto a um bar na região próxima à que o morador de rua vivia. Mas não obtiveram êxito e nenhum pertence foi levado do estabelecimento.
Assim, esse colega disse à polícia que, após o crime tentado, foram à casa do suspeito, onde ele buscou uma jaqueta de frio para trocar por duas pedras de crack. Depois disso, se separaram para que o suspeito comprasse a droga e voltasse a encontrá-lo.
Ocorrência encerrada
Liberado, o corpo seguiu para a funerária, onde um sobrinho identificou que aquele homem era, efetivamente, seu familiar. Após permissão da família, peritos decidiram submetê-lo a necrópsia.
O suspeito de cometer o assassinato recebeu voz de prisão, mas recebeu atendimento médico, dado certos ferimentos, antes de ser conduzido à delegacia.
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