O rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, completa oito meses nesta quarta-feira (25). O desastre, que chega a 244 dias, ainda não foi esclarecido pelas autoridades e segue sem punição.
Até o momento, 13 pessoas da mineradora Vale e da TÜV SÜD, empresa que atestou a estabilidade da estrutura, foram indiciadas pela Polícia Federal por falsidade ideológica, previsto na Lei de Crimes Ambientais. A investigação continua para apurar se houve dolo. Por enquanto, ninguém foi preso.
A tragédia em Brumadinho deixou 249 pessoas mortas e outras 21 desaparecidas. O trabalho de resgate em meio ao mar de lama prossegue e é a maior operação do tipo no Brasil. Desde às 12h20 do dia 25 de janeiro as buscas seguem ininterruptas pelo Corpo de Bombeiros.
Nesta quarta-feira, 149 militares estão empenhados na operação. Eles vasculham os rejeitos com o auxílio de 166 máquinas e contam, também, com a ajuda de um drone, que sobrevoa a área atingida pela lama. Os trabalhos da corporação estão divididos em 18 frentes.
Indenização
Na semana passada, a Justiça mineira concedeu a primeira sentença em ação individual contra a Vale por causa do rompimento da barragem em Brumadinho. A mineradora foi condenada a pagar quase R$ 12 milhões em indenização às famílias de dois irmãos e de uma mulher grávida na tragédia. A decisão é do juiz Rodrigo Heleno Chaves após cinco meses de tramitação da ação.
Desastre
A barragem Mina Córrego do Feijão, localizada a 57km de Belo Horizonte, rompeu-se às 12h20 do dia 25 de janeiro. Era uma sexta-feira e, como a tragédia aconteceu na hora do almoço, muitos funcionários da Vale estavam no restaurante da mineradora.
O local foi um dos pontos que foi varrido pelo mar de lama, que também tomou conta de estradas, de parte do rio Paraopeba e de um povoado próximo.
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