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Luta contra ‘Intolerância Religiosa’ é tema de roda de diálogo inédita em Sete Lagoas

“Evento Povos de Axé” vai reunir autoridades em vários segmentos para, junto ao povo de terreiro de Sete Lagoas, debater sobre violação de direitos, políticas públicas e democracia

06/11/2019 às 15h30
Por: Redação Fonte: Por Ana Amélia Maciel - Jornalista
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Luta contra ‘Intolerância Religiosa’ é tema de roda de diálogo inédita em Sete Lagoas

Sete Lagoas recebe nesta quinta-feira (7) a primeira edição do “Povos de Axé: Roda de Diálogo contra a Intolerância Religiosa e pela a Democracia”. O evento vai reunir dirigentes e participantes dos templos de Umbanda e Candomblé da cidade com autoridades de vários segmentos para discutir a temática. O Povos de Axé está previsto para ter início às 19h, no Centro Espírita de Umbanda Pai Oxalá (Rua Nossa Senhora de Fátima, 237, Bairro Progresso). 

 

A intolerância religiosa é considerada crime no Brasil desde 1989, quando foi criada a Lei 7.716, com pena de reclusão e multa. Entretanto, o preconceito e atitudes intolerantes continuam ocorrendo e muitas vezes não são denunciados devido às vítimas não terem conhecimento ou mesmo por medo de maiores retaliações. 

 

Com o aumento do número de casos de intolerância contra as religiões de Matriz Africana em Sete Lagoas, a Associação da Resistência Afro-brasileira Centro Espírita de Umbanda Pai Oxalá Sete Lagoas (Araceuposl) decidiu unir os terreiros da cidade para fazer valer seus direitos: “Nós resolvemos fazer este encontro para escutar a sociedade civil, escutar os dirigentes de terreiros, as suas dificuldades e unir mais. Todos unidos contra a intolerância religiosa e mostrar para a sociedade, para o poder judiciário, executivo e legislativo que os nossos direitos devem ser garantidos”, explica o Pai de Santo, presidente da Associação e estudante de Direito, Fábio Paiva. 

 

“No Brasil, nós estamos vivendo um governo muito perigoso, um momento muito escuro, que incita a violência, que incita o ódio. As nossas políticas públicas sofreram muito retrocesso, estão querendo tirar tudo que é de nosso direito. Nós estamos sofrendo muita retaliação, principalmente a comunidade de matriz africana. Não temos observado o quanto os terreiros do Rio de Janeiro estão passando por problemas gravíssimos de perseguição por causa dos dogmas religiosos e para gente isso é muito grave. Aqui em Sete Lagoas não está muito diferente disso. Existem terreiros aqui que estão sendo violentados, tendo seus direitos violados, só que isso não vem a público”, completa. 

 

Foram convidados a Polícia Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Guarda Municipal, a Delegacia Atendimento à Mulher, Orientação e Proteção à Família, o prefeito Duílio de Castro, o presidente da Câmara Municipal, Cláudio Caramelo, a secretária de Educação e Cultura, Rosilene Alves, o Conselho Municipal de Promoção da Igualmente Racial (Compir), a 7ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, o Juizado Especial (JESP), a Comissão de Igualdade Racial da OAB/MG, a Gabinetona Belo Horizonte e o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab). 

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