O governo de Minas deve publicar nas próximas semanas, um decreto de emergência em saúde para garantir mais rapidamente, equipamentos e medicamentos a pacientes suspeitos de terem contraído o coronavírus no Estado.
A informação foi confirmada pelo secretário estadual de saúde, Carlos Eduardo Amaral e pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Brock.
Atualmente, em Minas Gerais, cinco casos suspeitos são reconhecidos pelo Ministério da Saúde, sendo três em Belo Horizonte, um em Montes Claros, na região Norte e um em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Todos estiveram em países europeus com Itália, Alemanha e França.
Na visão do Estado, pode ser que o número de casos suspeitos cresça nos próximos dias e, por isso, seria importante a publicação do decreto de emergência para garantir equipamentos e medicamento em larga escala.
“O que é peculiar em relação coronavírus é que a gente não tem nenhum caso confirmado em Minas ainda, mas a gente entende que é necessário decretar emergência em saúde publicar para acelerar a resposta à chegada do coronavírus. A gente está vendo que vamos ter um possível acréscimo de demanda e sobrecarga do SUS. Ao invés de esperar a bomba estoura vamos adquirir agora para ter uma resposta mais rápida”, afirmou Dario Brock.
A partir do decreto, o governo pretende adquirir remédios, equipamentos respiradores e equipamentos de proteção individual (EPIs). Com um possível aumento das demandas, a pasta de saúde do Estado também acredita que seria inviável isolar todos os pacientes com casos suspeitos em hospitais de referência. Em Minas são apenas cinco. A saída seria partir para o isolamento domiciliar.
“O que a gente deve da ênfase nesse momento é no isolamento domiciliar e não levar um indivíduo a um hospital de referência e fazer um mega bloqueio daquele indivíduo. Isso passa a ser inviável nos próximos momentos, por causa do número de casos suspeitos. A gente vai assistir um momento incremental de casos suspeitos, não só em Minas, mas no Brasil inteiro”, disse Dario Brock.
Preparação
De acordo com o secretário estadual de saúde, Carlos Eduardo Amaral, os hospitais referência do Estado já estão preparados e os profissionais capacitados para ate der casos suspeitos. “Nós temos um plano de contingência muito bem estabelecido, nós já temos hospitais referência prontos, profissionais preparados, fizemos treinamento ao longo de todo o último mês, então acredito que estamos preparados”, explicou.
Para que um caso seja considerado como suspeito pelo Ministério da Saúde, primeiro ele passa por uma avaliação. “O ministério vê se os casos tem alguma relação com alguém que veio de um país que tem a transmissão, se tem síndrome febril e se também tem sintomas respiratórios”, apontou Amaral.
Uma sala de isolamento também está preparada no aeroporto de Confins. A sala foi criada ainda durante a epidemia do H1N1 no país. Atualmente, o resultado do exame para detectar a presença do coronavírus nos pacientes demora 48 horas para sair. Entretanto, em São Paulo, um exame conhecido como PCR, detecta o vírus em apenas algumas horas. “O Ministério da Saúde colocou a Funed, que é o nosso laboratório central, como sendo um dos laboratórios que será comtemplado com esse exame”, informou Carlos Eduardo Amaral.
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