Um crime bárbaro choca Contagem e região. Ao todo, 60 cães que foram resgatados e aguardavam por um novo lar foram mortos nesse sábado (14), na cidade da Grande BH, por envenenamento.
O episódio ocorreu no Lar Temporário Entre Latidos e Miados, no bairro Quintas do Jacuba, e é investigado pela Polícia Civil.
A suspeita é que o crime tenha ocorrido durante a transferência dos animais de Ribeirão das Neves, onde funcionava o lar temporário, para a nova sede, em Contagem.
A grande maioria dos cães – 52 – foram encontrados já mortos no local e 14 foram encaminhados em situação grave para uma clínica veterinária. No entanto, 8 morreram depois de algumas horas e outros 6 permanecem em estado gravíssimo.
O Lar Temporário Entre Latidos e Miados pertence à protetora Claudia de Araújo, e os animais abrigados eram resgatados ou enviados por outros protetores. Existe a suspeita de que os cães mortos tenham ingerido salsicha envenenada, já que um deles vomitou pedaços do alimento.
Do total dos animais assassinados, 11 eram do deputado estadual e ativista da causa animal Osvaldo Lopes (PSD), que custeava a estadia dos bichinhos no lar.
“Eu afirmo, com clareza e segurança, que para além do óbvio repúdio e imensurável dor e pesar, também irei até o fim, com absoluto rigor, nos procedimentos investigatórios que possam levar à eventual punição de quem, imerso a crueldade, conduziu o malfeito em questão. Vamos até o fim para o devido esclarecimento do ocorrido”, se manifestou o parlamentar em uma rede social.
Todos os corpos foram encaminhados para o Hospital Veterinário da UNI BH, onde será feita a necropsia para atestar, de fato, o envenenamento. O CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) e o Dema (Departamento Estadual de Investigações de Crimes Contra o Meio Ambiente – Polícia Civil) foram comunicadas e participarão dos processos investigatórios, que começam amanhã.
Onze cães que sobreviveram, pois estavam em outro compartimento do espaço, continuarão no lar temporário na nova sede em Contagem. Lopes oferece recompensa de R$ 2 mil para quem denunciar o autor do crime.
Mín. 14° Máx. 24°