A vítima mais nova do Covid-19 no Brasil é uma mulher de 32 anos. A morte de Creuza Fernandes foi confirmada nessa segunda-feira (30) pelo governo do Rio de Janeiro, mas o óbito ocorreu no dia 17 deste mês. Um parente de Creuza contou ao G1 que a mulher trabalhava como vendedora ambulante na rodoviária de Rio Bonito, nos arredores da capital. Ela comercializava doce de banana, conhecido como mariola.
O familiar da trabalhadora contou ao site que Creuza teve crises de bronquite na infância. Depois, ela não desenvolveu quadros de doenças respiratórias. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio informou que vai averiguar se a vítima possuía alguma outra doença.
“Disseram que ela tinha tuberculose, mas não é verdade. O pai dela teve tuberculose, mas ela não”, contou ao G1. O interlocutor considera que o ofício de Creuza pode ter interferido no contágio. “Me preocupo, porque fico pensando que ela vendia muito na rodoviária e teve contato com muitas pessoas”, afirmou.
O familiar relatou que Creuza passou mal no dia 8 de março e foi levada pelo marido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Rio Bonito.
Após ser atendida, Creuza foi liberada para ir para casa. De madrugada, ela começou a fazer muito esforço para respirar. Ela, então, foi encaminhada para o hospital Darcy Vargas. No local, a notícia foi devastadora. O médico afirmou aos familiares que Creuza estava com uma pneumonia agressiva que já havia comprometido o pulmão e o coração. “Ela estava respirando por aparelhos”, acrescentou o familiar.
Na terça-feira (17), o parente foi visitar a vendedora. Ao chegar, a mulher estava isolada e o caso havia se agravado. “Ela tinha poucas horas de vida. Foi difícil. Perguntei pra ele se não poderia ser o coronavírus e ele (médico) disse que só um teste ia responder”, finalizou o parente ao G1.
O governo fluminense confirmou a suspeita de Covid-19 ontem.
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