“União, esperança, olhar para a frente”. Esta é a ideia que move a campanha “Don’t Stop Believin” (“Não Pare de Acreditar”), que começou reunindo 40 músicos de Belo Horizonte para cantar a icônica canção da banda Journey e procura espalhar uma mensagem de positividade em meio a tempos difíceis.
O vídeo, disponível no YouTube, é o pontapé da campanha organizada pelo Circuito do Rock, grupo responsável por duas casas de show dedicadas ao rock na capital, Jack Rock Bar e Lord Pub, e administrado pelos empresários Gustavo Jacob e Carlos Velloso.
Devido ao decreto que proibiu o funcionamento de casas de show e outros estabelecimentos em Belo Horizonte, por causa da pandemia do novo coronavírus, as casas estão fechadas por tempo indefinido. O produtor do Circuito do Rock, Bruno Vilaça, conta que a ideia de reunir os músicos partiu de Jacob e que a campanha busca simbolizar a esperança.
“A ideia é lembrar de pensarmos para a frente, procurar se renovar, descobrir novas saídas juntos. O vídeo é um símbolo para começarmos a campanha e lembrar a todos que vamos sair dessa e superar esse momento difícil. A partir daí, pretendemos lançar outras ações no sentindo de investir no mercado da música e ver o que podemos fazer para ajudar”, conta.
O Jack Rock Bar marca a cena do rock em Belo Horizonte há 17 anos e o Lord Pub, há 15. Os 40 músicos que participam do vídeo costumam se apresentar nos bares do Circuito do Rock há anos e, segundo o produtor, toda essa união forma uma verdadeira família.
“O Jack abre todos os dias da semana e os clientes são muito fiéis, todo mundo se conhece pelo nome. O Circuito, os músicos e o público formam essa trinca e tudo virou uma coisa só. Estamos todos sentindo muita falta um do outro e essa campanha é uma forma de nos abraçarmos à distância”, conta Vilaça.
Assim como para outros estabelecimentos, não se sabe quando as casas do Circuito do Rock poderão voltar a abrir e receber o público. O grupo espera poder retornar às atividades ainda no segundo semestre, mas não é possível ter certeza do futuro.
“Estamos sem saber o dia de amanhã. Temos observado e esperado os posicionamentos dos órgãos oficiais e segurando a onda, sempre unidos. Mas com certeza vamos voltar com força. As casas do Circuito são muito consolidadas, têm história e carinho com o público de BH”, diz o produtor.
Para os músicos, a situação também é delicada. A maior parte deles faz a vida com as apresentações ao vivo e precisa encontrar novas maneiras de se manter sem o público com o qual estão acostumados.
“Os músicos vivem de show, com muita aglomeração, que é o que mais precisamos evitar agora. Agora, temos que repensar formatos, se renovar, pensar no esquema de fazer lives, meter as caras no digital. Para depois voltar com força”, conclui Vilaça.
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