A Prefeitura de Três Pontas, no Sul de Minas Gerais, contratou agentes para ficarem andando pelas ruas da cidade com o objetivo de prevenir a população do novo coronavírus. Os espanta-bolinhos, ou laranjinhas, forma como são chamados, dispersam as aglomerações.
A reportagem foi informada pela assessoria da prefeitura que o serviço começou há uma semana e que os laranjinhas trabalham todos os dias, em regime de escala. “Eles estão atuando em pontos de aglomeração como filas de banco, supermercados e lotéricas. Também estão nos postos de saúde e em algum lugar que são acionados”, informou a assessoria.
No total são 92 espanta-bolinhos pelas ruas. Cabe a eles orientar a população sobre como se prevenir da doença. “Os laranjinhas orientam as pessoas a utilizarem as máscaras e passam álcool em gel. Os líderes ficam com megafone e acionam quando há resistência do cidadão’, explicou o órgão.
Laranjinhas trabalham todos os dias, em regime de escala (Prefeitura de Três Pontas/Divulgação)
Três Pontas tem duas confirmações da enfermidade e uma morte em decorrência da Covid-19.”O óbito é de uma senhora de 72 anos que tinha diabetes”, esclareceu a administração pública.
A segunda confirmação da Covid-19 aconteceu, na última sexta-feira (18), depois que um homem, de 40, foi submetido ao exame na rede particular.
Os espanta-bolinhos receberam críticas nas redes sociais. O motivo? O fato dos agentes andarem aglomerados para combater, justamente, as aglomerações.
“Prefeitura de Três Pontas (MG) contrata funcionários que andam aglomerados para evitar aglomerações”, escreveu um usuário do Twitter.
Perguntado sobre o fato, o Executivo municipal esclareceu que o desajuste ocorreu somente no início do trabalho. “Os laranjinhas só ficam juntos quando precisam organizar uma fila. Somente no primeiro dia de trabalho é que eles ficaram mais próximos já que estávamos ajustando a logística do serviço. Atualmente não temos isso”.
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