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Cidades Briga por um balaio

Briga no Mercado Central com direito a cuspes termina com denúncia de homofobia

Uma mulher transsexual denunciou um vendedor à polícia alegando que ele a teria ameaçado com uma faca; seguranças disseram que a mulher cuspiu neles

17/06/2020 às 15h55
Por: Redação Fonte: O Tempo
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Briga terminou apenas com a chegada da Polícia Militar Foto: Reprodução
Briga terminou apenas com a chegada da Polícia Militar Foto: Reprodução

Um bate-boca terminou em agressão e briga generalizada no Mercado Central de Belo Horizonte na tarde dessa terça-feira (16). O vendedor de uma loja, o proprietário do estabelecimento, uma mulher transsexual, o namorado dela e a sogra são os principais envolvidos na confusão que contou ainda com a participação dos seguranças do mercado que tentaram separá-los.

Ocorrência da Polícia Militar conta que o grupo trocou socos, chutes, golpes de cassetete e até cusparadas e mordidas. A mulher transsexual e sua família alegam que o vendedor e os seguranças teriam cometido contra ela crime de homofobia. O comerciante, em contrapartida, denúncia a mulher por tê-lo ameaçado. Uma das câmeras de segurança do Mercado Central filmou a briga.

A confusão começou no início da tarde dessa terça-feira (16). O vendedor alegou à polícia que tudo aconteceu enquanto ele mexia nos balaios pregados na entrada da loja. Ele disse que pediu para a mulher, o namorado e a sogra dela permanecerem parados no corredor até que fosse concluída a retirada dos balaios para que ninguém fosse atingido.

Entretanto, segundo ele, o grupo teria ficado agressivo após o pedido e começado a ameaçá-lo. Em seu depoimento, o homem declarou que a mulher teria dito que “o bicho ia pegar” se um balaio a atingisse. Ela ainda teria reforçado que o vendedor “não sabia com quem estava mexendo”. Segundo ele, após a briga a mulher declarou que retornaria à loja para quebrar todos os objetos à venda.

O proprietário do estabelecimento encontrava-se na loja no momento da confusão e reforçou à polícia o depoimento dado pelo funcionário. Em contrapartida, a versão declarada pela mulher, por seu companheiro e sua sogra é muito diferente. Ela disse para a Polícia Militar que o vendedor da loja a tratou com muita rispidez e agressividade quando falou sobre os balaios, de uma forma muito diferente da usada por ele para se dirigir às outras pessoas que ali estavam. Segundo ela, o homem começou a xingá-la e teria dito que não se responsabilizaria se o cesto caísse sobre a cabeça dela. A briga começou então neste instante.

A mulher defende que o funcionário da loja apontou uma faca para ela e, em função disso, ela teria decidido gritar e agredi-lo para se defender. Ela contou que pouco depois os seguranças do Mercado Central apareceram e passaram também a bater nela. Ela mostrou à polícia hematomas nas pernas e disse que um dos seguranças chegou a dar uma cabeçada nela, puxar seus cabelos e até desferir socos. O namorado dela e a sogra confirmaram o depoimento.

A Polícia Militar também ouviu os seguranças. Um deles alegou ter sido mordido pela mulher, que também teria direcionado cusparadas a ele. Imagens de uma das câmeras de segurança do mercado mostram parcialmente o começo da briga e o momento em que a mulher e o vendedor trocam os primeiros xingamentos.

A gravação que dura cerca de quatro minutos retrata muita correria e empurrões. Uma das imagens mostra que a acompanhante da mulher tentou retirá-la da confusão sem sucesso. A chegada dos seguranças também é filmada e aparentemente não são mostradas agressões, O atrito termina quando a mulher e seus familiares saem por um dos lados do corredor acompanhados pelos funcionários.

Procurada, a administração do Mercado Central declarou através de nota que a confusão começou quando os clientes passaram por baixo das mercadorias quando o vendedor mexia nelas. “Como se vê nas imagens, em nenhum momento houve por parte da nossa segurança agressões físicas aos nossos clientes, até porque o Mercado Central de Belo Horizonte preza pelo bom atendimento a todos, independente das opções sexuais de cada um”, pontuou. A nota assinada pelo superintendente do mercado, Luiz Carlos Braga, aponta ainda que as medidas judiciais cabíveis serão tomadas.

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