A ida ao supermercado está cada vez mais cara para o consumidor. A alta nos preços dos produtos tem feito com que os proprietários dos estabelecimentos adotem medidas de segurança para evitar a prática de crimes. Alarmes antifurto, por exemplo, estão sendo colocados com mais frequência nas carnes nobres em supermercados de Belo Horizonte.
A reportagem flagrou em um supermercado da região Leste os dispositivos instalados em picanhas e outros cortes mais caros. Feliciano Abreu, diretor do Mercado Mineiro, conta em entrevista que a prática já era adotada nas carnes nobres anteriormente, mas ficou mais frequente neste momento de crise.
“Já tem tempo que os alarmes antifurto foram instalados, mas agora que têm chamado a atenção. Isso é preciso ser feito pois, infelizmente, muita gente acaba pegando o produto e escondendo em caixas e saindo do estabelecimento sem pagar. É uma precaução adotada”, diz.
Em setembro deste ano, um homem furtou 35 kg de contrafilé em um supermercado do bairro Silveira, na região Nordeste de Belo Horizonte. A peça estava avaliada em R$ 1.385. Feliciano destaca que a instalação do dispositivo acaba sendo uma prática “saudável”.
“O supermercado perde muito quando acontece algum furto e tem que colocar na margem em outros produtos. Furto em supermercado é algo muito recorrente. Toda medida de segurança acaba sendo válida”.
A instalação dos dispositivos antifurto parte de uma avaliação realizada pela pessoa responsável pelo supermercado, conforme explica Feliciano. “Toma-se esta decisão em virtude do risco. A carne está valendo ouro. Uma picanha em torno de R$ 150. Não tem orientação de associação ou algo do tipo”.
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