“Conforme determinação legal, o crime de estelionato é de ação pública condicionada à representação da vítima para início da investigação”, esclarece Danúbia Quadros.
Com PCMG
Duas mulheres e dois homens foram presos nessa quinta-feira (28) suspeitos de aplicarem o “golpe do falso emprego” na Grande BH. Os investigados trabalhavam em uma empresa que garantia a menores de idade vagas de aprendiz após a realização de um curso. Efetuado o pagamento das aulas de capacitação, no entanto, os candidatos não conseguiam a contratação prometida.
Os mandados foram cumpridos em Nova Lima, na região metropolitana, e em Belo Horizonte, onde os crimes ocorriam. Segundo a PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais), três dos suspeitos já possuem passagem criminal por estelionato.
“Durante a investigação, a PCMG apurou que, desde 2017, os investigados vêm abrindo e fechando empresas, burlando as autoridades e ludibriando as vítimas, que chegam a mais de 100 pessoas”, destaca a delegada Danúbia Quadros, que liderou as investigações.
De acordo com as investigações, a quadrilha abriu, aproximadamente, sete empresas nos últimos quatro anos. A última delas tinha sede no bairro Prado, em uma casa que foi alvo das buscas nessa quinta-feira. No local, foram apreendidos documentos referentes às empresas anteriores.
Segundo a polícia, os estelionatários conseguiam o contato de potenciais vítimas a partir de outros sites que ofereciam vagas de emprego para menores. Os responsáveis pelos menores então eram contatados e recebiam a falsa promessa, geralmente pagando entre R$ 1 mil a R$ 2 mil pelos cursos de capacitação.
“Estamos em um momento de desemprego e estelionatários se aproveitam da vulnerabilidade dessas pessoas, que sonham com um primeiro emprego, às vezes, as colocando em situações muito precárias”, alerta o chefe da Divisão de Fraudes, delegado Eric Brandão.
Ainda de acordo com o delegado, é preciso ficar atento a ofertas de emprego como essas. “É incomum que uma vaga garantida de emprego seja oferecida por telefone. Portanto, em caso de suspeita, deve-se buscar informações sobre a procedência daquela empresa e desconfiar das condições impostas”.
Agora, as investigações apuram a participação de outros envolvidos nos crimes. Caso haja outras vítimas desse tipo de golpe, a Polícia Civil orienta que compareçam à Decon (Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor), localizada no bairro Santo Agostinho, na Zona Sul de BH.
“Conforme determinação legal, o crime de estelionato é de ação pública condicionada à representação da vítima para início da investigação”, esclarece Danúbia Quadros.
Com PCMG
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