A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta sexta-feira (10) detalhes da prisão de ‘Rominho’, de 36 anos, apontado como principal líder de uma organização criminosa no bairro Paulo VI, na região Nordeste de Belo Horizonte. O suspeito foi preso na última terça-feira (7).
Rominho é suspeito de envolvimento em, pelo menos, sete homicídios ocorridos entre o fim de 2019 e o primeiro semestre de 2020, todos relacionados com o tráfico de drogas. Ele era foragido da Justiça, já que estava preso, ganhou o benefício de saída temporária e não voltou.
O suspeito cumpria pena por homicídio, cometido em 2005, e também constava mandado de prisão devido a outro assassinato, ocorrido em 2004. Ele estava foragido desde o fim do ano passado. A polícia acredita que ele planejava o retorno para a região onde comandava o tráfico.
O homem foi localizado e preso em Ibirité, na região metropolitana de BH. No momento da abordagem policial, o suspeito apresentou documentação falsa, que, segundo ele, teria sido adquiridos no estado do Pará.
O chefe da Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), Frederico Abelha, disse que existe um conflito antigo entre duas facções criminosas que dominam o comércio de drogas no Paulo VI, o que teria resultado em todas essas mortes.
Liderança
De acordo com o delegado que coordena as investigações, Leandro Alves, as investigações começaram com base no alto índice de mortes registradas no bairro. Por meio de levantamentos, os policiais apuraram o conflito existente entre as duas gangues, formadas a partir da morte de um traficante, em 2011, até então único líder na região. Uma das facções seria a de Rominho, que após a prisão do líder do outro grupo, em 2019, decidiu dominar sozinho o comércio do tráfico no bairro.
Durante as investigações, oito pessoas, integrantes das duas gangues rivais, foram presas. “Essa prisão fecha a operação 360 graus, realizada justamente por conta dessa ‘guerra’ no Paulo VI. Conseguimos prender todos os executores naquela época e ainda continuávamos monitorando os líderes que emitiam as ordens”, conta Leandro.
Muita violência
O delegado Leandro Alves ressalta a crueldade do suspeito, que costumava torturar os rivais, com amputações e incineração de corpos, e ainda filmava as ações. De acordo com a polícia, o suspeito teria ingressado na vida criminosa ainda adolescente, quando ele teria sido o autor de um triplo homicídio no bairro Paulo VI, quando matou a mãe e outros dois filhos.
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