A morte de Moïse Kabagambe, de 24 anos, em 24 de janeiro, e de Durval Teófilo Filho, de 38, na última quarta-feira (02/02), ambas no Rio de Janeiro, moveu um protesto em Belo Horizonte por justiça racial. Neste sábado (5/02), centenas de pessoas estiveram na Praça Sete, na Região Central da cidade, com faixas e bandeiras contra a discriminação racial.
Também com megafones e com gritos por justiça, os manifestantes caminharam até a Praça Raul Soares, também na Região Central, pela Avenida Amazonas. "A milícia matou Moïse. Parem de nos matar", "Durval Filho e Moïse presentes. Justiça!", "Afronte o racismo" e "Justiça por Moïse. Transformar o luto em luta! Contra o racismo e a xenofobia" eram alguns dos dizeres em cartazes e faixas.
Silvana Monteiro, diretora de comunicação e difusão da Rede Ação e Reação Internacional (RARI) e uma das manifestantes, afirmou que cabe ao Estado realizar as ações devidas para garantir justiça.
"Viemos aqui cobrar justiça por Moïse, por vários negros que foram assassinados esses dias. Tivemos também o negro assassinado pelo vizinho por ser tido como ladrão. Estamos aqui reunidos cobrando justiça por essas pessoas e muito mais que isso. Precisamos cobrar do Estado uma ação contundente contra o racismo e cobrar da Justiça a punição para o racismo", disse.
Em outro momento, os manifestantes queimaram fotos e cartazes. Uma das imagens era do presidente Jair Bolsonaro (PL). Além dos gritos nos megafones, o movimento também foi embalado pela música (principalmente o rap) que tocava em caixas de som.
Nascido na República Democrática do Congo, Moïse Kabagambe foi morto após cobrar o pagamento por um serviço realizado no quiosque Tropicália, onde trabalhava na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Já Durval Teófilo Filho, repositor de supermercado, foi morto por ter sido confundido com um assaltante quando chegava à noite em casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
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