No Brasil, o golpe nos aplicativos de paquera é conhecido como estelionato sentimental. A promotora Fabíola Sucasas, do Ministério Público de São Paulo e auxiliar da Presidência do Conselho Nacional do Ministério Público, observa que o crime tem um recorte de gênero, já que muitas mulheres ainda sonham com um “príncipe encantado”:
Com a promessa de que a fará feliz, o príncipe se mostra um sapo. O problema é que há uma deturpação e acaba por se culpabilizar mais a vítima do que o golpista.
O estelionato sentimental não está descrito no Código Penal. Por isso, não há estatísticas nacionais. Em 2019, a revista digital Gênero e Número verificou que, entre 2014 e 2018, houve aumento de 253% nas ocorrências policiais envolvendo aplicativos de relacionamento em São Paulo, o estado mais populoso do país. Em 2018, a cada três dias, uma ocorrência havia sido registrada nas delegacias. A Delegacia Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo prendeu mais de 100 criminosos ligados a esse delito em 2021.
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