
A maratona de muitos jovens que se preparam há meses para o Enem está quase no fim, mas a proximidade das provas começa a deixar muitos estudantes nervosos e inquietos. A ansiedade, o medo, a insegurança e a autocobrança são alguns dos fatores que podem prejudicar a concentração, a memória e a confiança do candidato.
De acordo com Gisele Garcez, professora de Língua Portuguesa do Colégio Vila Olímpia, de Florianópolis (SC), embora o domínio dos conteúdos seja fundamental, a preparação para o Enem não se resume a uma carga horária de estudos intensivos. "O equilíbrio emocional e a confiança no próprio potencial são elementos determinantes para enfrentar os desafios do exame. É claro que, sem um estudo organizado, dificilmente o estudante conseguirá atingir uma nota satisfatória. Mas existem fatores não palpáveis que devem ser levados em conta, como as habilidades socioemocionais", destaca a professora.
Segundo Gisele, essas habilidades englobam a compreensão e o controle das emoções, a capacidade de automotivação, resiliência, autogestão e tomada de decisões conscientes. "No contexto do Enem, tais habilidades socioemocionais desempenham um papel crucial para o sucesso do estudante, pois ajudam a adquirir a capacidade de lidar com a pressão, a ansiedade e o estresse associados à prova. A resiliência, por exemplo, permite que os jovens superem essas adversidades e se recuperem de eventuais instabilidades, mantendo-se engajados e focados nos estudos e nos desafios que enfrentarão nos dias das provas", acrescenta.
O que acontece é que nem sempre é fácil para os jovens, imersos em extensas horas de preparação, aulas e estudos, alcançar esse equilíbrio emocional, especialmente à medida que o dia da prova se aproxima. Carlo Roesner, professor de Biologia do Colégio Vila Olímpia, afirma que é importante que o estudante busque apoio de familiares, amigos, professores ou até mesmo de profissionais de psicologia para desabafar, trocar experiências e receber orientação. "É fundamental cuidar da saúde mental antes e depois do exame, procurando formas de reduzir o estresse e manter o equilíbrio emocional", alerta Roesner.
Segundo o professor, o lazer é bastante útil nesse momento, pois proporciona momentos de descontração e prazer, que são essenciais para recarregar as energias e aliviar o estresse. "Além disso, as atividades de lazer podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais, aumentar a autoestima e melhorar a saúde mental. O lazer também pode ser uma forma de aprender coisas novas, como um idioma, um instrumento musical ou uma arte", afirma. E nesta reta final, para que o jovem estabeleça um equilíbrio adequado entre estudo e descanso, o professor ressalta que é importante conhecer seus próprios limites e prioridades. "Cada pessoa tem um ritmo e uma forma de aprender diferentes, portanto não existe uma regra única que se aplique a todos", completa.
O professor alerta ainda para o fato de que o estudante deve ficar atento para evitar a sobrecarga física e emocional nessa fase final. A exaustão física e emocional pode afetar a saúde mental e o bem-estar do indivíduo, podendo prejudicar o desempenho no dia da prova. Alguns dos sinais dessa sobrecarga são: dores de cabeça frequentes, sensação constante de cansaço, problemas digestivos, dificuldades para dormir, tensão muscular, queda de cabelo, mudanças repentinas de peso, dificuldade para se concentrar, reações desproporcionais a situações cotidianas ou forte apatia. "Se o estudante perceber que está apresentando esses sintomas, é recomendável que ele converse com familiares e busque ajuda profissional para tratar essa condição", orienta Roesner.
Os professores separaram algumas dicas para os estudantes colocarem em prática e que podem ajudar nesse período:
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