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Planos de saúde podem deixar de ter teto para aumento dos preços

Deputados podem votar com urgência projeto de lei que acaba com limite para reajuste dos planos

29/06/2017 às 08h54
Por: Redação
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Se entrar em vigor, lei poderá causar prejuízos aos usuários dos planos de saúde (imagem ilustrativa)
Se entrar em vigor, lei poderá causar prejuízos aos usuários dos planos de saúde (imagem ilustrativa)

O Idec e outras 13 organizações divulgaram um manifesto denunciando o risco de aprovação a toque de caixa de uma nova lei sobre planos de saúde com grandes retrocessos para o consumidor. 

A proposta, que tramita em caráter de urgência, está em discussão em uma comissão especial na Câmara dos Deputados, que avalia mudanças na legislação que regulamenta o setor de saúde suplementar (Lei nº 9.656/1998) a partir de 140 projetos de lei que tratam do tema. 

As organizações alertam que, pelo teor das audiências públicas já realizadas este mês, e a partir de declarações públicas de parlamentares da comissão e de empresários do setor, uma das mudanças pretendidas com essa reforma é afastar a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) aos contratos de planos de saúde - proposta rechaçada no manifesto.

O texto destaca que o CDC representa hoje uma “tábua de salvação” para os consumidores de planos de saúde, que enfrentam problemas crescentes com a prestação do serviço - com negativas de cobertura, barreiras de acesso para idosos e doentes crônicos e reajustes proibitivos, por exemplo -, e conseguem na Justiça atendimento adequado. 

Graças ao Código, cerca de 90% das decisões judiciais contra planos de saúde são favoráveis ao consumidor.

Reajustes liberados e outros problemas - Além de rasgar o CDC, a comissão pode incluir outros pontos muito desfavoráveis ao consumidor, como a liberação do reajuste anual de planos de saúde individuais - hoje, o aumento é limitado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e, ainda assim, já tem sido acima da inflação.

A comissão também pode transformar o rol mínimo de coberturas obrigatórias, atualizado a cada dois anos pela ANS, em máximo - de modo que o que não estiver na lista não seria coberto pelos planos.

Outros pontos aventados que beneficiam diretamente as empresas de planos de saúde são a autorização a venda de planos acessíveis, com imensas restrições de coberturas, e o fim do ressarcimento pelas operadoras ao Sistema Único de Saúde (SUS) toda vez que um cliente de plano de saúde é atendido na rede pública.

“A atual Lei de Planos de Saúde tem muitas lacunas e brechas que favorecem o mercado. Ela precisa de mudanças, mas não essas que estão sendo discutidas”, ressalta Ana Carolina Navarrete, advogada e pesquisadora em saúde do Idec.

Afronta - Diante de todos os riscos de retrocessos, as organizações signatárias destacam que, em meio à crise política e de credibilidade do Congresso Nacional, a forma como o tema vem sendo conduzido é mais uma afronta à sociedade. “É inaceitável o método de trabalho da comissão especial, funcionando em regime de urgência, com a realização de poucas audiências públicas sobre um tema que requer discussões aprofundadas e com ampla participação de todos os segmentos interessados”, diz o texto.

Fonte: Idec

 

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