Uma auxiliar de enfermagem do Hospital Municipal procurou a Polícia para denunciar um episódio de assédio moral e constrangimento vivido durante o plantão extra que cumpria na manhã da última terça-feira, 25 de junho de 2025. A profissional afirmou que foi escalada em sua folga para cobrir férias de outra servidora e, por volta das 8h, enquanto separava materiais para cirurgias, foi alvo de uma situação vexatória envolvendo um médico da unidade.
Segundo relato, no momento em que organizava os materiais, diversas pessoas solicitavam itens simultaneamente. Em meio à movimentação, uma servidora teria começado a gritar exigindo os materiais. Ao se aproximar da sala, o médico, questionou sobre o ocorrido e iniciou uma conversa com a servidora que estava gritando e outra pessoa não identificada. Essa terceira pessoa, tentando intervir, comentou que a vítima teria trabalhado à noite inteira, sugerindo compreensão.
Foi nesse momento, segundo a vítima, que o médico proferiu a frase ofensiva: "Então essa mulher tem que ir embora dormir com seu marido e dar pra ele."
A funcionária relatou ter ficado profundamente abalada com o comentário, considerado inaceitável e humilhante. Diante do impacto psicológico, ela procurou a coordenação do hospital, pediu dispensa do restante do plantão e teve o pedido atendido.
No dia seguinte, ao retornar ao trabalho, a situação teria se agravado. Ainda de acordo com informações, o mesmo médico, visivelmente nervoso, falou em voz alta na sala da supervisão, em tom audível para todos, inclusive a vítima, que ela “deveria se retratar publicamente e escrever uma carta de próprio punho se redimindo à direção. ”
Segundo informações, a enfermeira registrou um boletim de ocorrência Policial contra o médico que supostamente teria o assediado moralmente.
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