
Um grupo criminoso responsável pelo roubo de mais de R$ 367 mil de uma agência bancária localizada em Martinho Campos, na região Centro-Oeste do estado, foi desarticulado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O crime ocorreu no dia 23 de setembro deste ano, no distrito de Ibitira.
Segundo o delegado Daniel Couto e Gama, titular da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Roubo a Banco, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), as apurações demonstraram que seis investigados participaram do roubo, com planejamento prévio, divisão de tarefas e uso de armas de fogo. “Três indivíduos executaram diretamente o assalto, sendo que um permaneceu do lado externo fazendo a vigilância do perímetro, enquanto os outros dois renderam os funcionários à medida que chegavam à agência”, explicou.
Durante a ação, os empregados foram mantidos sob grave ameaça, amarrados com fitas e obrigados a abrir o cofre e os caixas eletrônicos. Após subtraírem o dinheiro, os suspeitos fugiram em uma caminhonete clonada, posteriormente abandonada, e utilizaram veículos regularizados para concluir a rota de evasão, com deslocamentos entre municípios da região.
O delegado destacou ainda que não há envolvimento de moradores de Martinho Campos, tendo sido identificada a atuação de pessoas de outras cidades e de outro estado. “Foi uma investigação rápida e altamente técnica. Em cerca de 15 dias identificamos os envolvidos, mas o trabalho foi aprofundado para evitar fugas e ampliar as chances de recuperação do produto do crime”, pontuou.
O chefe do Depatri, Felipe Costa Marques de Freitas, ressaltou a importância da atuação integrada entre as unidades da PCMG. “Esse resultado demonstra a força do trabalho conjunto. A equipe da Delegacia em Martinho Campos realizou os primeiros levantamentos e a perícia inicial e, a partir do compartilhamento de informações, a equipe especializada assumiu a investigação, com apoio contínuo da unidade local”, afirmou.
Recuperação
Parte do dinheiro subtraído foi recuperada, apesar da pulverização dos valores entre os integrantes do grupo logo após o crime, estratégia utilizada para dificultar prisões em flagrante. “As investigações também apontaram que parte do montante foi empregada na aquisição de bens e no pagamento de dívidas relacionadas ao tráfico de drogas, evidenciando a conexão entre diferentes modalidades criminosas”, ressaltou Gama.
Ao final dos trabalhos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de seis investigados, com deferimento judicial. Quatro deles já se encontram presos, e dois seguem sendo procurados.
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