
Sem limites: para conseguir dificultar sua captura, o líder de uma quadrilha de Sete Lagoas especializada em fraudes nos sistemas do Judiciário de Minas Gerais forjou sua própria morte. Ricardo Lopes Araújo (32 anos), o “Dom” está foragido após conseguir sair da prisão em Belo Horizonte após usar um alvará falsificado e usar companheiros de cela como “cobaias” para o plano de fuga.
As informações são de O Tempo e Itatiaia. “Dom”, além de ter conseguido o habeas corpus fraudulento ainda teria inserido nos sistemas a informação que ele estaria morto, para que se evitasse mais mandados de prisão contra ele. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), logo que descoberta a alteração, as ações foram canceladas e os mandados de prisão foram reabertos.
Para sair do Ceresp do bairro Gameleira, na capital, Ricardo usou como teste o nome de três colegas de cela para conseguir o alvará de soltura. Wanderson Henrique Lucena Salomão, Nikolas Henrique de Paiva Silva e Júnio Cezar Souza Silva, além de “Dom”, conseguiram fugir no sábado (20) – apenas Júnio Cezar foi recapturado, já na segunda-feira (22), quando o caso veio à tona.
Em uma declaração há alguns dias, o vice-governador de Minas Mateus Simões (PSD), criticou a vulnerabilidade do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pela gestão dos sistemas: “Ele [“Dom”] está com um outro mandado baixado como se estivesse morto no sistema do conselho. Ou seja, o sistema está claramente invadido e vulnerável, e com o uso de credenciais do próprio judiciário. O judiciário precisa se proteger em relação a isso, o CNJ tem de reagir”, relata, para o jornal O Tempo.
O CNJ informou que está vigilante e que está apurando de forma “rigorosa” a invasão do grupo de “Dom” aos sistemas: “O CNJ acompanha permanentemente episódios dessa natureza, mantém procedimentos próprios de controle e tem buscado o aprimoramento contínuo dos protocolos de segurança de seus sistemas, atuando em articulação com outros atores responsáveis. Não há, até o momento, qualquer indício de falha sistêmica ou do envolvimento funcional de servidores”. Órgãos de segurança do estado e federais também acompanham o caso.
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