
Há quatro anos, Gilmar Duarte de Oliveira, 39, sofreu um acidente de moto na zona rural de Perdigão, no Centro-Oeste de Minas. Quebrou o ombro em três lugares e o joelho, mas conseguiu se recuperar. Em agosto deste ano, caiu de novo ao bater de frente com um carro em uma rodovia. Teve múltiplas fraturas e está há 45 dias internado, sem previsão de alta. Ele corre o risco de não andar como antes e de não ter a mesma força nos braços.
Oliveira faz parte de um grupo cada vez maior de pessoas em idade economicamente ativa que ficam com sequelas por conta de acidentes de motocicleta. De janeiro a junho deste ano, 73.024 motociclistas receberam indenização por invalidez permanente do seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat) no Brasil.
O número representa metade (50,3%) do total de vítimas que receberam a restituição por ficarem incapacitadas (144.950), incluindo motoristas, pedestres e passageiros. Uma “legião de inválidos” em decorrência de acidentes que aconteceram naquele semestre ou nos últimos três anos, período que a vítima tem para solicitar a indenização.
Em Minas, foram pagas 15.795 indenizações por invalidez para motoristas, passageiros e pedestres de janeiro a junho deste ano. Desses, 7.800 estariam pilotando motocicleta, o equivalente a 1.300 por mês, considerando que 50% dos indenizados são motociclistas. “A falta do capacete, o desrespeito às leis de trânsito e o mau estado de conservação das motocicletas potencializam os acidentes graves”, ressalta o diretor-presidente da Seguradora Líder-Dpvat, Ismar Tôrres.
Pacientes ficam meses sobre leitos
O Hospital João XXIII, na capital, é referência no atendimento a feridos graves. Das 11.758 vítimas de acidentes de trânsito que chegaram ao local no ano passado, 6.051 (51,4%) eram motociclistas.
O sétimo andar, voltado para correções ortopédicas, é praticamente uma ala exclusiva para condutores de motocicleta. Dos 35 leitos, 30 estavam ocupados por vítimas de acidentes de motocicleta na semana passada. Elas também tomam conta de outros andares, como o terceiro, onde ficam os mais graves. Um deles era um rapaz de 18 anos que teria a perna amputada.
O gerente assistencial do hospital, Marcelo Ribeiro, explica que as consequências de uma batida de moto para o corpo são múltiplas, e o tempo de internação é prolongado.
PASSAGEIRO
Perigo. Quem vai na garupa da motocicleta também deve tomar cuidado. O auxiliar de serviços gerais Pedro Henrique Soares, de 20 anos, quase morreu no início do mês ao pegar carona com um condutor inabilitado.
Acidente. Soares foi arremessado contra um muro com tanta força que a parede e o capacete quebraram ao meio. Ele segue internado com múltiplas fraturas.
PEDESTRE
Crescimento. Embora não tenha números precisos, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII alerta para o aumento de pedestres atropelados por motocicletas.
Vítima. A diarista Maria José Cornélio, 49, está internada desde 2 de agosto deste ano com a bacia quebrada. Ela foi atingida por uma motocicleta que avançou o sinal.
Da redação – Com Super noticias
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