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Com escassez, preços dos alimentos disparam

Especialista afirma que escalada pode levar meses para ser totalmente revertida

29/05/2018 às 11h03
Por: Redação
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Desabastecimento deixou o Mercado Livre do Produtor, na Ceasa Minas, completamente vazio nessa segunda - Foto: Alex de Jesus
Desabastecimento deixou o Mercado Livre do Produtor, na Ceasa Minas, completamente vazio nessa segunda - Foto: Alex de Jesus

A disparada dos preços nos sacolões, supermercados e outros estabelecimentos por causa da greve dos caminhoneiros não vai se resolver rapidamente, na avaliação do professor do Ibmec-BH Paulo Pacheco. “Quando o abastecimento se restabelecer, os preços vão cair, mas isso deve demorar cerca de 30 dias para acontecer, quando o movimento parar”, diz. Ele admite que, dependendo do setor, a volta dos preços vai demorar mais. “Dependendo da cadeia produtiva, pode levar de dois a cinco meses”, diz Pacheco.

Os aumentos foram significativos. No Ceasa de Belo Horizonte, em três dias, a caixa de couve-flor com seis unidades subiu mais de três vezes, passou de R$ 8, no dia 21 de maio, para R$ 25,na última quinta-feira. A cenoura e a batata dobraram de preço no mesmo período. Para o consumidor final, o aumento é maior. “A cenoura não custava nem R$ 2 (antes da greve) e, agora, está mais de R$ 5”, conta a social media Luanna de Campos Maciel Guedes, 38. 
“Paguei R$ 1 em um tomate ontem (27)”, afirma a artista plástica Luiza Matheus, 31. A empresária Jane Marise, 38, conta que pagava R$ 1,80 no litro de leite e, nessa segunda-feira (28), no mesmo local, pagou R$ 3,50.

A escalada de preços é explicada, segundo Pacheco, pela falta de produtos. “Sem dúvida, é a lei da oferta e da procura”, diz. No Ceasa de Belo Horizonte, na quinta-feira em que os preços dispararam, 81% dos caminhões não havia chegado, segundo a Associação Comercial da Ceasa-MG. 

O gás de cozinha também subiu muito. A cantora Hilmara Fernandes conta que pagou R$ 72 no botijão antes da greve, e, no mesmo local, já estava R$ 90 nessa segunda-feira (28). Em nota, o Sindigás relatou a dificuldade de escoar a produção. 

“O Sindigás reitera que há gás nas bases. O problema no abastecimento deve-se às dificuldades de escoamento pelas rodovias. É necessário que grevistas e autoridades compreendam que o GLP é um produto essencial, e que permitam o trânsito das carretas a granel e dos caminhões com os botijões, vazios ou cheios”, diz a nota. 

“(Botijão de) gás estava R$ 150 no Jardim Vitória (Nordeste da capital), mas todos acabaram”, diz a vendedora Tamires Flávia. 

Nas gôndolas do varejo também faltam produtos. A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) afirmou, por nota, que alguns supermercados já estão chegando à metade de seus estoques.

“Lembrando que, mesmo após a greve, o setor poderá levar de cinco a dez dias para a normalização do seu abastecimento”. A Abras informou que orientou seus associados a “evitar a prática abusiva de preços sem justa causa”. 

Por Ludmilla Pizarro - OTempo

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